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Teste durou 30 dias em Ribeirão
EVANDRO SPINELLI
DA FOLHA RIBEIRÃO
A experiência de colocar detector de metais na porta de uma escola municipal de Ribeirão Preto
(314 km de SP) durou 30 dias, em
1999. A cidade tem uma lei sobre o
assunto, que não saiu do papel.
Em agosto de 1999, para cumprir a lei recém-aprovada do vereador Coraucci Netto (PFL), o
então prefeito Luiz Roberto Jábali
(PSDB) instalou a porta giratória
com detector de metais na entrada da escola José Rodini Luiz, Jardim Zara, zona leste de Ribeirão.
A porta, cedida por empresa da
área, foi usada por um período de
experiência, segundo a prefeitura.
Ao fim do prazo, foi definido que
o sistema não funcionava.
A administração alegou na época que o equipamento gerou filas
de alunos na entrada, que o custo
de instalação em todas as unidades da cidade seria muito alto e
que a medida causava constrangimentos aos estudantes. Quando a
porta acusava uso de metais (que
podiam ser até anéis e relógios),
guardas municipais revistavam
os estudantes, determinando até a
abertura das mochilas.
Na época, o Ministério Público
afirmou que a revista caracterizava constrangimento ilegal.
O autor da lei disse ainda acreditar que os detectores de metais
podem reduzir a violência nas escolas. "Continuo acreditando que
funciona. Uma vida que você conseguir salvar em um ano já vai ter
valido todo o constrangimento e
todo o gasto que possa ter sido gerado", disse Coraucci Netto.
O prefeito havia vetado o projeto, mas a Câmara derrubou o veto. Depois desse fato, a administração instalou a porta.
Seis meses depois da experiência na escola, a porta giratória foi
instalada na entrada da Câmara
Municipal. A porta está no local
até hoje, porém a função de detecção de metais está desabilitada.
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