São Paulo, quarta-feira, 08 de maio de 2002

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Teste durou 30 dias em Ribeirão

EVANDRO SPINELLI
DA FOLHA RIBEIRÃO

A experiência de colocar detector de metais na porta de uma escola municipal de Ribeirão Preto (314 km de SP) durou 30 dias, em 1999. A cidade tem uma lei sobre o assunto, que não saiu do papel.
Em agosto de 1999, para cumprir a lei recém-aprovada do vereador Coraucci Netto (PFL), o então prefeito Luiz Roberto Jábali (PSDB) instalou a porta giratória com detector de metais na entrada da escola José Rodini Luiz, Jardim Zara, zona leste de Ribeirão.
A porta, cedida por empresa da área, foi usada por um período de experiência, segundo a prefeitura. Ao fim do prazo, foi definido que o sistema não funcionava.
A administração alegou na época que o equipamento gerou filas de alunos na entrada, que o custo de instalação em todas as unidades da cidade seria muito alto e que a medida causava constrangimentos aos estudantes. Quando a porta acusava uso de metais (que podiam ser até anéis e relógios), guardas municipais revistavam os estudantes, determinando até a abertura das mochilas.
Na época, o Ministério Público afirmou que a revista caracterizava constrangimento ilegal.
O autor da lei disse ainda acreditar que os detectores de metais podem reduzir a violência nas escolas. "Continuo acreditando que funciona. Uma vida que você conseguir salvar em um ano já vai ter valido todo o constrangimento e todo o gasto que possa ter sido gerado", disse Coraucci Netto.
O prefeito havia vetado o projeto, mas a Câmara derrubou o veto. Depois desse fato, a administração instalou a porta.
Seis meses depois da experiência na escola, a porta giratória foi instalada na entrada da Câmara Municipal. A porta está no local até hoje, porém a função de detecção de metais está desabilitada.



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