São Paulo, sábado, 08 de maio de 2010

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entrevista

Para arquiteto, derrubada tem de ser imediata

JAMES CIMINO
DA REPORTAGEM LOCAL

Em 1970, o hoje arquiteto Michel Gorski passou um ano em Israel. Quando voltou a SP, em 1971, deparou-se com o elevado Costa e Silva, construído em apenas 11 meses, e se perguntou: "Quem deixou?". Desde então, tornou-se defensor ferrenho do fim do Minhocão, que, para ele, deveria ser demolido "ontem". Leia a entrevista:

 

FOLHA - O que achou do projeto de intervenção urbana que prevê o fim do Minhocão?
GORSKI -
Acho que esperar 12 anos [tempo estimado para a conclusão da obra que irá absorver o trânsito do Minhocão] para derrubá-lo é muito tempo. Que cidade teremos em 12 anos? Mantido o atual ritmo da produção automobilística, em 12 anos vão novamente dizer que o fim dessa obra é inviável. O Minhocão tem que ser derrubado ontem.

FOLHA - E os 80 mil veículos/ dia que por ali passam?
GORSKI -
O governo tem investido bastante em obras viárias. Construiu o Rodoanel, ampliou a marginal Tietê, está ampliando o metrô. O trânsito se acomoda.

FOLHA - O sr. passou um ano em Israel e, quando voltou, o Minhocão estava construído. O que sentiu ao voltar?
GORSKI -
Foi assustador...


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