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Funcionários das estaduais vão parar
DA REPORTAGEM LOCAL
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Funcionários das três universidades estaduais paulistas -Unicamp, USP e Unesp- decidiram
entrar em greve na próxima segunda-feira. Além disso, grupos
do interior do Estado e da capital
farão manifestação na frente da
reitoria da Unesp, na região da
avenida Paulista.
A última assembléia do Sintusp
(Sindicato dos Trabalhadores da
Universidade de São Paulo) foi
realizada ontem às 12h, no auditório do prédio dos departamentos
de História e de Geografia, com
quórum de 210 participantes. A
USP (Universidade de São Paulo)
tem 13,7 mil funcionários.
Na assembléia, foi decidido
também o esquema de mobilização. A partir das 14h, os funcionários farão concentração no prédio
dos departamentos de História e
de Geografia, de onde sairão para
convocar todos para a greve.
Segundo a diretora do Sintusp
Neli Pachoarelli Vada, o sindicato
espera a participação massiva dos
cerca de 13 mil alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas (FFLCH), que também
estão em greve, ocupando os espaços da instituição, há 40 dias.
Reivindicações
Os alunos da FFLCH reivindicam a contratação de mais professores. Os funcionários têm como
objetivo de sua mobilização um
reajuste salarial de 16%. O Cruesp
(Conselho de Reitores das Universidades Públicas do Estado de
São Paulo) ofereceu 8%.
"Protestamos sobretudo contra
o sucateamento das universidades públicas, que os alunos vêm
sentindo há muito tempo. Por isso, a adesão deles deverá ser natural", afirma Neli, do Sintusp.
O destino da mobilização é a sede da Unesp (Universidade Estadual Paulista), onde representantes do Fórum das Seis (entidades
sindicais das três universidades) e
o presidente do Cruesp, José Carlos Souza Trindade, também reitor da Unesp, terão nova rodada
de negociações.
Caravanas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)
e de parte dos 16 campus da
Unesp no interior do Estado engrossarão o movimento.
Adesão
De acordo com o presidente do
STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp), João Raimundo
de Souza, 5.000 trabalhadores devem aderir à manifestação.
O único setor que não será afetado é o hospitalar, por opção do
próprio sindicato. A Unicamp
tem 12 mil funcionários.
Segundo o coordenador do Fórum das Seis, Ciro Teixeira Correia, a negociação deverá ser tranquila. "Houve um avanço nos últimos dias de conversa. O Cruesp
aceitou discutir outros pontos da
pauta além do reajuste", disse.
Segundo Correia, um professor-doutor da USP no topo da carreira ganhava, em 1988, o equivalente a R$ 9 mil. Hoje, ganha R$
5.554,45, para se dedicar exclusivamente à universidade.
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