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OUTRO LADO
Empresa diz querer "salvar" contratos antigos
DA REPORTAGEM LOCAL
O diretor de relações institucionais da SulAmérica, Pedro Fazio, afirmou ontem
que o reajuste de 47% apresentado pela empresa a 110
mil beneficiários de seguros
antigos é uma tentativa de
"salvar" carteiras desequilibradas -em que os custos
com assistência superaram
os das mensalidades. Sem
equilíbrio, as empresas dizem que não têm como
manter os contratos.
"O que talvez as pessoas
não estejam entendendo é
que estamos buscando salvar essas carteiras", disse Fazio. "Não é ameaça, nenhum
tipo de terrorismo. Mas precisamos ser muito transparentes. Dentro da legalidade
estamos buscando equilibrar para que [o segurado]
tenha vida uma tranqüila
daqui para a frente."
Fazio afirma que, levando-se em conta a média de mensalidade dos planos atingidos, R$ 80, o custo para o beneficiário fica muito abaixo
dos planos novos que estão
no mercado.
"Não adianta barrar [o
reajuste] e não ter alternativa. Se essa pessoa for buscar
outro plano, são R$ 500, R$
600. Que defesa é essa do hipossuficiente [ pessoa que é
economicamente fraca]?"
Para o diretor, os clientes
têm condições de entender
os reajustes.
O diretor da Bradesco Saúde, Márcio Coriolano, destacou que a variação de custos
hospitalares, índice considerado abusivo pelas entidades
de defesa dos consumidores,
está presente em contratos
antigos e novos. "Nunca
houve contestação antes."
Coriolano afirma que nos
últimos anos a ANS concedeu reajustes abaixo do necessário para cobrir custos.
Segundo o diretor, 275 mil
beneficiários de seguros-saúde antigos da Bradesco
receberam aumentos. Para
62%, o reajuste foi de
18,89%; 28% dos contratos
receberam aumentos de
81,6%. O restante teve reajustes de 44% a 68%.
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