|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EXPLORAÇÃO SEXUAL
Votação foi adiada de ontem para hoje
Relatório propõe indiciamento de políticos investigados por CPI
ANDREA MIRAMONTES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A CPI (Comissão Parlamentar
de Inquérito) da Exploração Sexual apresentou seu relatório final
propondo alterações no Código
Penal que ampliam a definição do
crime de estupro.
A votação do relatório, prevista
para ontem, foi adiada para hoje
depois de um pedido de vistas. O
relatório final pede que o Ministério Público indicie políticos identificados nas investigações.
A relatora da comissão, deputada Maria do Rosário (PT-RS), sugeriu que há participação de
agentes públicos nos crimes. "Indiciamentos, denúncias e retomadas de casos já encerrados trazem
o nome de agentes públicos como
aliciadores e que promovem exploração sexual de crianças e adolescentes", disse a deputada.
O projeto de alteração do Código Penal muda todo o capítulo intitulado "Dos Crimes contra os
Costumes". Como está, a lei só
considera vítima de estupro a mulher que sofrer coito vaginal (artigo 213). Casos de coito anal sob
coação, contra homens ou mulheres, são considerados "atentados
violentos ao pudor".
"Vamos unificar os artigos, e
qualquer conjunção carnal mediante violência ou ameaça, contra homem ou mulher, será estupro", defende o advogado e consultor legislativo do Senado Tarciso Dal Maso Jardim.
O artigo 224, que trata da presunção de estupro em menores de
14 anos, também deve ser mudado, passando a conjunção carnal a
ser crime. Para o artigo 231, sobre
o tráfico de mulheres, propõe-se
que homens também sejam considerados vítimas, e que o tráfico
interno seja tido como crime.
Texto Anterior: Camila, 8, aguarda a mãe há 5 anos Próximo Texto: Ambiente: Ibama derruba casas em favela sobre dunas Índice
|