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Embaixada dos EUA promete agilizar vistos
Agendamento de entrevistas leva hoje de 2 a 60 dias, nos 4 postos consulares do país; meta é baixar prazo para 30 dias
Brasil e EUA negociam ainda para que duração do visto volte a ser de dez anos, e não de cinco; embaixada afirma que a demanda cresceu
LARISSA GUIMARÃES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Embaixada dos Estados
Unidos está fazendo um mutirão para reduzir o tempo de espera dos brasileiros para a obtenção de visto. Desde setembro, novos funcionários trazidos dos Estados Unidos e outros que já trabalhavam na embaixada tentam agilizar o processamento dos pedidos.
O tempo de espera para as
entrevistas (geralmente a etapa
mais demorada) pode ser de
dois dias -como ocorre em Recife- a 60 dias -como acontece em São Paulo. Em Brasília, a
espera média é de 29 dias. No
Rio, varia de dois a 40 dias. "Há
muita oscilação", diz a cônsul
Joanna Weinz.
"No passado, a média já foi de
90 a 100 dias", disse o embaixador Clifford Sobel. "Nossa meta
agora é atingir 30 dias ou menos." Segundo ele, a embaixada
fazia a análise de 2.000 pedidos
por dia há sete meses. Agora, o
número subiu para 3.700.
Até o dia 30 de setembro deste ano, a embaixada havia processado aproximadamente 496
mil pedidos de visto. Cerca de
90% deles são atendidos, de
acordo com Weinz.
O reforço de funcionários
custou cerca de US$ 500 mil.
Até o próximo ano, 13 vice-cônsules deverão vir ao Brasil para
trabalhar no processamento
dos pedidos de vistos, e serão
gastos mais US$ 6,5 milhões,
segundo a embaixada.
Com o atendimento mais rápido, a embaixada quer incentivar as viagens de turismo e a
negócios, mas diz que as medidas são anteriores e não estão
relacionadas ao agravamento
da crise financeira no país. "Se
você tem que esperar cem dias
ou mais por um visto, isso torna
difícil a decisão de visitar os Estados Unidos", afirmou Sobel.
A embaixada também negocia mudanças para simplificar o
pagamento da taxa de US$ 131
necessária para a obtenção do
visto. Segundo Weinz, isso poderá ser feito pela internet em
alguns meses. Ela também
adiantou que está em análise a
eliminação da taxa para vistos
para quem for viajar a negócios.
Sobel afirmou ontem também que os EUA e o Brasil estão
em negociação para o aumento
da duração de vistos. "Ambos
os países têm a meta de ampliar
os vistos de cinco para dez anos.
Com a ampliação, nós teremos
uma redução na demanda por
novos vistos", avaliou. O Itamaraty informou que a negociação
com os EUA "está adiantada,
mas não foi finalizada".
Ontem, ao mostrar a jornalistas a área da embaixada na
qual são atendidos os candidatos a um visto para os EUA, Sobel se deparou com a queixa do
empresário Geraldo Diogo Vasconcelos, 60.
Ele viajou de Manaus a Brasília, acompanhado pela mulher
e pelo filho, exclusivamente para a entrevista necessária para
o visto. "A viagem para os EUA
sai bem mais cara. Era preciso
um posto consular na nossa região." O embaixador respondeu
que o Brasil é muito grande e isso gera dificuldades.
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