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Estudante de direito mata a ex-namorada e se suicida
Em MG, ele baleou a aluna de psicologia e depois se jogou do prédio da faculdade
Érica Alves Arantes, 21, foi morta em sua casa com 13 tiros, após Roberto Márcio Marra, 24, ter tentado reatar o namoro
RENATA BAPTISTA
JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA
Um estudante de direito matou a ex-namorada com 13 tiros
anteontem à noite e, em seguida, jogou-se do nono andar do
prédio da faculdade onde estudava, em Belo Horizonte (MG).
De acordo com a Polícia Civil,
os dois romperam o namoro de
sete anos havia uma semana.
Roberto Márcio Marra, 24, foi à
casa da estudante de psicologia
Érica Alves Arantes, 21, por volta das 20h, para tentar reatar o
relacionamento. Ele portava
duas armas -uma pistola semi-automática calibre 22 e um revólver calibre 32.
No apartamento em que Érica morava com a família, no
bairro Ouro Preto, ela e o ex-namorado começaram a discutir trancados no quarto dela e
trocaram agressões físicas.
Ainda segundo a polícia, a estudante tentou se proteger e
trancou-se no banheiro, mas
Roberto começou a disparar
contra ela através da porta, que
abriu. Érica foi atingida por 13
tiros, na cabeça, tórax e pernas.
O estudante, após os disparos, abriu a porta da suíte e fugiu. Familiares da jovem tentaram socorrer a estudante, que
já estava morta. Na cena do crime a Polícia Militar localizou o
revólver calibre 32.
Universidade
Após deixar o apartamento,
Roberto foi para o Centro Universitário Newton Paiva, no
bairro Caiçara, onde estudava.
De lá, ligou para os familiares
da ex-namorada para se desculpar pelo que fez e conversou
com um policial militar. A PM
afirmou que o estudante disse
que estava decidido a se matar.
No nono andar do prédio, o
estudante sentou em uma janela da biblioteca da faculdade e,
transtornado, pediu a uma bibliotecária que tentava conversar com ele que se afastasse.
De acordo com a universidade, por meio da assessoria, ele
disse à bibliotecária que não tinha mais motivos para viver e
que havia acabado de matar a
namorada. Em seguida, ele se
atirou da janela, pouco antes do
toque de intervalo das aulas no
prédio, às 21h30. Ao lado do
corpo, a PM encontrou a pistola e um celular.
O delegado Rodrigo Fraga, da
delegacia de homicídios, disse
que vai apurar onde o estudante conseguiu as armas.
Segurança
Ao comentar a morte de Roberto na faculdade, alguns estudantes exigiam mais segurança no interior do centro universitário em relatos deixados
na comunidade "Direito - Newton Paiva", no site de relacionamentos Orkut.
Uma internauta, que se identificou como Fabiana, relatou
que teve a "oportunidade de bater um longo papo" com o rapaz
em um congresso na faculdade.
"Ele era pessoa muito agradável e bem-humorada", disse Fabiana no site.
O Centro Universitário Newton Paiva lamentou a morte do
estudante e informou que tem
uma parceria com a PM para
garantir o policiamento externo e interno e que vai estudar
medidas para incrementar a segurança no local.
Roberto cursava a faculdade
desde agosto deste ano e morava em Mangabeiras, bairro de
classe média alta da capital mineira, com a família. A mensalidade da faculdade é de R$ 870.
O enterro de Roberto ocorreu ontem. Já Érica, que era
aluna da UFMG (Universidade
Federal de Minas Gerais), deve
ser enterrada hoje.
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