São Paulo, sábado, 08 de novembro de 2008

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Após apoiar Marta nas eleições, PSB anuncia adesão a Kassab

Presidente do partido diz não haver acerto sobre cargos, mas pode "evoluir para isso"

DA REPORTAGEM LOCAL

O PSB, partido que apoiou a candidatura de Marta Suplicy (PT) nas eleições de outubro, anunciou ontem um "apoio programático" ao prefeito reeleito Gilberto Kassab (DEM).
Com o apoio, Kassab tenta isolar na oposição os 11 vereadores do PT e os dois do PC do B que atuarão na próxima legislatura. A Câmara Municipal paulistana tem 55 vereadores.
O PSB conta com dois vereadores eleitos, o que fragiliza o poder de pressão por uma secretaria municipal, por exemplo. O partido, no entanto, não descarta a indicação de correligionários para cargos na gestão.
Kassab vem oferecendo pastas para os partidos do chamado "centrão", grupo de vereadores que se unem a fim de aumentar seu poder de pressão no Executivo. Já cedeu secretarias ao PR, que elegeu cinco vereadores, e ao PMDB, que elegeu dois -ambos os partidos foram aliados na eleição.
Com os novos apoios e as tradicionais parceiras do PSDB, do DEM e do PPS, que elegeram 13, sete e dois vereadores, respectivamente, o prefeito tenta garantir maioria sólida para o seu segundo mandato.
Segundo o vereador Eliseu Gabriel, presidente municipal do PSB, o apoio é "parlamentar, não eleitoral". Não houve, segundo ele, discussão sobre participação no governo. "Não está no horizonte. Mas pode evoluir para isso", afirmou Gabriel.
Em reunião anteontem, ele apresentou propostas a Kassab, como manutenção do plano municipal de educação, contenção do processo de terceirização no setor e valorização dos profissionais de ensino.
Além disso, propôs a criação de uma empresa pública de transportes coletivos. A empresa seria responsável por 7% da operação no município, com uma frota de mil ônibus. "O prefeito não se comprometeu [com a criação da empresa], mas disse que vai estudar seriamente a possibilidade", disse.
O PSB pode vir a indicar ocupantes para subprefeituras. Em conversas, Kassab tem admitido a hipótese de recrutar prefeitos do interior, ao fim do mandato, para esses cargos.


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