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Juíza depõe, mas não convence, afirma deputado
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
A juíza Clarice Maria de Andrade, da 3º Vara Criminal de
Abaetetuba, afirmou ontem,
em depoimento a integrantes
da CPI do Sistema Carcerário,
que não sabia que a garota de 15
anos dividia uma cela com homens na cidade e que se soubesse que ela era adolescente,
teria ido à delegacia e dado voz
de prisão ao responsável.
A informação é do deputado
Neucimar Fraga (PR-ES), presidente da comissão.
Segundo ele, a juíza disse que
foi informada da prisão em 7 de
novembro, pela Polícia Civil, e
que no mesmo dia enviou à
Corregedoria do Interior o pedido de transferência dela, mas
não obteve resposta. A menina
foi presa em 21 de outubro.
"O depoimento não convenceu. Há uma tentativa de maquiar as informações prestadas
por ela à CPI", diz Fraga.
A corregedoria pediu a abertura de um processo disciplinar
contra a magistrada por considerar que houve uma tentativa
de adulterar o pedido de transferência da presa, encaminhado em 20 de novembro, mas
com data do dia 8. Ela atribuiu o
erro a um servidor do fórum.
O caso da adolescente foi denunciado no dia 14 de novembro pelo Conselho Tutelar. Devido ao cargo, a juíza escolheu a
data e o local do depoimento
-o Tribunal de Justiça do Pará,
a portas fechadas. O advogado
dela, Almerindo Trindade, diz
que ela só recebeu o pedido de
transferência da jovem 17 dias
após a prisão.
(SF)
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