São Paulo, sábado, 08 de dezembro de 2007

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Juíza depõe, mas não convence, afirma deputado

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

A juíza Clarice Maria de Andrade, da 3º Vara Criminal de Abaetetuba, afirmou ontem, em depoimento a integrantes da CPI do Sistema Carcerário, que não sabia que a garota de 15 anos dividia uma cela com homens na cidade e que se soubesse que ela era adolescente, teria ido à delegacia e dado voz de prisão ao responsável.
A informação é do deputado Neucimar Fraga (PR-ES), presidente da comissão.
Segundo ele, a juíza disse que foi informada da prisão em 7 de novembro, pela Polícia Civil, e que no mesmo dia enviou à Corregedoria do Interior o pedido de transferência dela, mas não obteve resposta. A menina foi presa em 21 de outubro.
"O depoimento não convenceu. Há uma tentativa de maquiar as informações prestadas por ela à CPI", diz Fraga.
A corregedoria pediu a abertura de um processo disciplinar contra a magistrada por considerar que houve uma tentativa de adulterar o pedido de transferência da presa, encaminhado em 20 de novembro, mas com data do dia 8. Ela atribuiu o erro a um servidor do fórum.
O caso da adolescente foi denunciado no dia 14 de novembro pelo Conselho Tutelar. Devido ao cargo, a juíza escolheu a data e o local do depoimento -o Tribunal de Justiça do Pará, a portas fechadas. O advogado dela, Almerindo Trindade, diz que ela só recebeu o pedido de transferência da jovem 17 dias após a prisão. (SF)

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