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Obras passarão por exames para verificar possíveis danos
DA REPORTAGEM LOCAL
A conservadora e restauradora do Masp Karen Barbosa
afirma que, à primeira vista, as
obras não sofreram danos com
o furto. Entretanto os quadros
vão passar por uma análise
mais minuciosa hoje, com o auxílio de iluminação especial.
Segundo Eugênia Esmeraldo, coordenadora de intercâmbio do museu, as obras são bastante frágeis. "A do Picasso faz
anos que não viaja. A do Portinari tem uma proteção para
viagem, para não vibrar, o que
nesse caso foi providencial."
A apresentação dos quadros
aos jornalistas foi caótica. As
obras ficaram encostadas numa mesa, sob a escolta de dois
policiais armados com fuzis. Isso não impediu que cinegrafistas e fotógrafos chegassem a tocar nos quadros. "Não pode
mexer", disseram várias vezes
os policiais.
Antes de o presidente do
Masp, Júlio Neves, conceder
sua entrevista, os jornalistas
passaram os gravadores e microfones por cima dos quadros
para colocá-los sobre a mesa.
"Gente, só precisa tomar cuidado", pediu Neves.
Logo após a entrevista, a sala
ficou às escuras por 30 segundos. Nada aconteceu às obras.
(AB E RW)
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