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Motoboy suspeito de matar a ex em academia é preso
Jovem já tinha registrado
três queixas por ameaça e
agressão contra Marcelo
Barbosa, 29; rapaz já havia
cumprido pena por roubo
LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Um motoboy de 29 anos foi
preso em flagrante ontem sob a
suspeita de ter matado, com
quatro tiros, a ex-namorada na
academia onde ela trabalhava
como recepcionista, na região
da Lapa (zona oeste). O crime
ocorreu na noite de anteontem.
A recepcionista Marina Sanchez Garnero, 23, havia terminado o namoro com Marcelo
Travitzki Barbosa em novembro do ano passado. Desde então, segundo familiares, ele
passou a persegui-la.
Segundo a polícia, às 21h50
de anteontem, ele foi à Oxigênio Academia, na rua Guaicurus, na Vila Romana, atirou em
Marina e fugiu. Ela chegou a ser
levada a um hospital, mas morreu enquanto era atendida.
Ao menos uma testemunha
ouviu os tiros e disse que Barbosa havia estado lá no dia anterior fazendo ameaças depois
de saber que a recepcionista tinha um novo relacionamento
Segundo familiares da vítima, Marina e Barbosa namoraram por cerca de quatro anos.
Na época, o motoboy foi preso por roubo a carro e ela o visitou na cadeia. Ele cumpriu pena em liberdade, os dois passaram a ter brigas constantes até
se separarem em 2008.
"Ela já tinha perdido três empregos em outras academias
porque ele ia fazer ameaças",
disse o padrasto de Marina, que
preferiu não dar o nome.
Marina registrou pelo menos
três queixas na polícia. A última
delas foi logo após o fim do namoro, quando Barbosa foi até a
Oxigênio Academia, a ameaçou
e deu socos em sua cabeça.
Na ocasião, ela disse à polícia
por que havia terminado o namoro: "Porque ele é um bêbado, drogado, agressivo. Me trata mal, já me bateu antes".
Um inquérito foi aberto na
época, mas o motoboy não
prestou depoimento.
O desembargador do Tribunal de Justiça e presidente da
Apamagis (Associação Paulista
de Magistrados), Henrique
Nelson Calandra, disse que a
polícia poderia ter prendido
Barbosa quando Marina prestou queixa, mas não o fez.
Barbosa acabou sendo preso
em flagrante por volta das 18h
de ontem em um ponto de venda de drogas na região central.
Marina era filha única, havia
concluído a faculdade de publicidade e propaganda e gostava de
trabalhar com academias de ginástica. Ela deve ser cremada hoje no crematório da Vila Alpina.
O advogado do acusado, Stefenson Cardoso de Almeida, disse que ele confessou e colaborou
com as investigações, entregando
a arma do crime.
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