São Paulo, sexta-feira, 09 de janeiro de 2009

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Motoboy suspeito de matar a ex em academia é preso

Jovem já tinha registrado três queixas por ameaça e agressão contra Marcelo Barbosa, 29; rapaz já havia cumprido pena por roubo

LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um motoboy de 29 anos foi preso em flagrante ontem sob a suspeita de ter matado, com quatro tiros, a ex-namorada na academia onde ela trabalhava como recepcionista, na região da Lapa (zona oeste). O crime ocorreu na noite de anteontem.
A recepcionista Marina Sanchez Garnero, 23, havia terminado o namoro com Marcelo Travitzki Barbosa em novembro do ano passado. Desde então, segundo familiares, ele passou a persegui-la.
Segundo a polícia, às 21h50 de anteontem, ele foi à Oxigênio Academia, na rua Guaicurus, na Vila Romana, atirou em Marina e fugiu. Ela chegou a ser levada a um hospital, mas morreu enquanto era atendida.
Ao menos uma testemunha ouviu os tiros e disse que Barbosa havia estado lá no dia anterior fazendo ameaças depois de saber que a recepcionista tinha um novo relacionamento
Segundo familiares da vítima, Marina e Barbosa namoraram por cerca de quatro anos.
Na época, o motoboy foi preso por roubo a carro e ela o visitou na cadeia. Ele cumpriu pena em liberdade, os dois passaram a ter brigas constantes até se separarem em 2008.
"Ela já tinha perdido três empregos em outras academias porque ele ia fazer ameaças", disse o padrasto de Marina, que preferiu não dar o nome.
Marina registrou pelo menos três queixas na polícia. A última delas foi logo após o fim do namoro, quando Barbosa foi até a Oxigênio Academia, a ameaçou e deu socos em sua cabeça.
Na ocasião, ela disse à polícia por que havia terminado o namoro: "Porque ele é um bêbado, drogado, agressivo. Me trata mal, já me bateu antes".
Um inquérito foi aberto na época, mas o motoboy não prestou depoimento.
O desembargador do Tribunal de Justiça e presidente da Apamagis (Associação Paulista de Magistrados), Henrique Nelson Calandra, disse que a polícia poderia ter prendido Barbosa quando Marina prestou queixa, mas não o fez.
Barbosa acabou sendo preso em flagrante por volta das 18h de ontem em um ponto de venda de drogas na região central.
Marina era filha única, havia concluído a faculdade de publicidade e propaganda e gostava de trabalhar com academias de ginástica. Ela deve ser cremada hoje no crematório da Vila Alpina.
O advogado do acusado, Stefenson Cardoso de Almeida, disse que ele confessou e colaborou com as investigações, entregando a arma do crime.


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