JULIO ABRAMCZYK

A tosse crônica, que dura mais de um mês, pode levar seu portador à exaustão e desencadear o receio de ter uma grave doença pulmonar. Pode, realmente, ser o caso. Mas também as causas podem ser bem diferentes, sem relação com a área pulmonar, como asseguram Graeme P. Currie e colaboradores no "British Medical Journal" deste mês.
O capítulo da tosse crônica não é novo e invade as áreas da otorrinolaringologia e da gastroenterologia. Há cerca de dez anos, em sua tese de doutorado "Estudo do reflexo esôfago-brônquico em pacientes portadores de asma", aprovada na FMUSP, o professor Elie Fiss, atual titular de Pneumologia na Faculdade de Medicina do ABC (SP), assinalava que a tosse crônica é apenas um sintoma. Para que ela desapareça, a causa real deve ser identificada. Em 90% dos casos de tosse crônica, a causa é a associação da hiperreatividade brônquica, sinusite e/ ou refluxo gastroesofágico.
O líquido ácido formado no estômago (suco gástrico) pode invadir o esôfago e provocar a denominada Doença do Refluxo Gastroesofágico, presente nos casos de tosse crônica.
A professora Eponina Lemme, da UFRJ, assinala no último número da Revista Brasileira de Medicina, que cerca de 7% da população apresenta diariamente o sintoma mais típico dessa doença -a pirose ou azia, relatada como sensação de "queimação no peito".
Entre os principais fatores evitáveis que desencadeiam as crises de azia, explica a especialista, estão os alimentos gordurosos ou picantes, refeições volumosas, deitar-se após as refeições e obesidade.

CIRURGIA

Livro atualiza técnicas para obesidade

As indicações e contra-indicações para a cirurgia da obesidade mórbida (pessoas com peso anormalmente elevado) e os controles pré e pós-operatórios, estão entre os temas do livro "Cirurgia da Obesidade", da Editora Atheneu (0800-267753), que tem como coordenador editorial o médico Arthur B. Garrido Jr.

DROGAS

Unifesp dá curso de pós-graduação

Estarão abertas até o dia 21 as inscrições ao Curso de Pós-Graduação em Dependência Química, promovido pela EPM/Unifesp e coordenado pelo professor Ronaldo Laranjeira e pela psicóloga Ilana Pinsky. Informações pelo telefone: 5571-0493.

E-mail - julio@uol.com.br


Texto Anterior: Medo da dor prejudica reabilitação
Próximo Texto: Entrevista: Rede ensinará a diagnosticar câncer
Índice