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Grupo resgata rota de dom Pedro 2º
DO ENVIADO ESPECIAL
Resgatar uma trilha de cerca de
15 quilômetros, que foi percorrida
por dom Pedro 2º em outubro de
1886, segundo registro em livros
de história da região, é o próximo
projeto dos idealizadores do Caminho da Fé para Águas da Prata.
A trilha vai do centro da pequena estância paulista, com população de pouco mais de 7.000 habitantes, ao bairro da Cascata, na divisa entre São Paulo e Minas, em
direção a Poços de Caldas.
O ponto final é numa antiga estação ferroviária, inaugurada pelo
último imperador brasileiro, no
início da exploração dos minérios
daquela região. Águas da Prata,
na época, se chamava Garganta
do Inferno devido às suas grandes
rochas escarpadas.
""Essa trilha da bauxita poderá
ser uma ramificação do Caminho
da Fé para quem vem de Poços de
Caldas. Lá está uma das mais lindas cachoeiras da região, muito
pouco conhecida pelos turistas",
afirma Almiro Grings, que organiza um grupo para a primeira caminhada no próximo dia 23.
O objetivo é tentar gerar novos
empregos no bairro, que já foi
maior que a própria Águas da
Prata e hoje não tem nem sequer
Correios e farmácia.
Lá ainda são encontradas trincheiras da época da Revolução
Constitucionalista de 1932, quando a elite paulista se confrontou
com o governo de Getúlio Vargas,
tentando se separar do país.
Com o resgate da trilha, Grings e
um grupo de moradores da cidade, que se tornaram uma espécie
de mecenas da peregrinação
-eles investem dinheiro do próprio bolso nos dois projetos-,
pretendem, ainda, criar uma
consciência ecológica nos habitantes da região.
Perto do trecho final do Caminho da Fé, em Pindamonhangaba, os peregrinos voltam a passar
por rotas usadas por dom Pedro.
Numa das figueiras gigantes do
trajeto, segundo Luciano Landi
Adib, diretor do Departamento
de Cultura da cidade, o imperador parava para descansar.
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