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Excluídos reclamam do MEC
Mudança no conselho de educação não teve consulta, dizem entidades
Instituições argumentam que setores importantes da educação ficarão impedidos de indicar representantes para o CNE
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
As entidades que não poderão mais indicar membros para
o CNE (Conselho Nacional de
Educação) reclamam da decisão do governo.
Elas argumentam que não foram consultadas pelo MEC antes da mudança e que instituições que representam setores
importantes da educação foram excluídas.
Representantes de instituições de ensino superior privado chegaram a se reunir no final de janeiro com o ministro
Fernando Haddad e o secretário Ronaldo Mota.
"O governo disse que não
quer escolher pessoas que sejam parte interessada. O argumento faz sentido. Mas ficaram
na lista partes interessadas, como a UNE", disse o presidente
do Semesp (sindicato das universidades particulares de São
Paulo), Hermes Figueiredo.
"Agora, há o risco de serem
escolhidas pessoas que não entendem nada do sistema de ensino. E o setor privado precisa
de representação, porque é
sempre atacado", completou.
Já o presidente da Abmes
(Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior),
Gabriel Mario Rodrigues, afirmou que "o ideal seria indicar
[representante], mas a mudança é um direito do ministro".
Após a reunião, Rodrigues
afirmou que entendeu a posição do ministério.
Ele disse esperar que o setor
privado seja representado por
meio das indicações feitas pelas
outras entidades ou pelo próprio governo federal.
Consulta
O secretário-executivo da
Andifes (associação dos reitores das federais), Gustavo Balduino, diz que a entidade foi pega de surpresa ao ter sido excluída da lista pelo ministério.
"A Andifes tem representatividade suficiente para fazer indicações de nomes", afirmou
Balduino.
Roberto Leão, presidente da
CNTE (Confederação Nacional
dos Trabalhadores em Educação), entidade que também ficou de fora da lista, não concordou com a alteração.
"Uma entidade que representa milhões de trabalhadores
em educação tem o direito de
ser ouvida. Já conversamos
com o ministro [Haddad] e
acreditamos que pode ver alguma mudança [na decisão]."
(ANTÔNIO GOIS e FÁBIO TAKAHASHI)
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