São Paulo, segunda-feira, 09 de março de 2009

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entrevista

Assaltado diz ser "vítima profissional"

ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Classificando-se como uma "vítima profissional", Paulo, um engenheiro de 36 anos, conta nesta entrevista, realizada na delegacia, um pouco da experiência. Seu apartamento foi o único invadido pelo grupo.

 

FOLHA - O que passa pela cabeça de quem é roubado assim?
PAULO
- A primeira coisa que passa é: eu preciso cooperar para acabar com isso logo. Não posso ficar nervoso, não posso errar o que vou dizer. É como fechar o maior negócio da sua vida. O cara quer alguma coisa. O que ele quer e o que eu posso dar para acabar com o negócio? Pensei também: o que eu preciso mostrar para eles para terem certeza de que eu não tenho mais nada, para não continuarem procurando? Não é a primeira vez que fui assaltado. Fui assaltado "N" vezes, sou paulistano de carteirinha. Isso me deixou mais calmo.

FOLHA - Como renderam vocês?
PAULO
- Quando eu vi o carro entrando, eu aproveitei e entrei também. Achamos que fossem visitantes.

FOLHA - Você acabou de fazer o reconhecimento dos suspeitos. Sentiu-se mal com isso?
PAULO
- Não. Ele não disse que é profissional? Eu também sou. Sou uma vítima profissional. Sei que não foi uma coisa pessoal [risos].


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