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Promotoria apura uso eleitoral de regionais
da Reportagem Local
Além da corrupção, o Ministério
Público também vai apurar denúncia do envolvimento dos funcionários da Administração Regional da Penha em crime eleitoral.
Segundo depoimento dado à polícia pelo ex-chefe da fiscalização
da Regional da Penha, Vladimir
Augusto Ferreira, 37, funcionários
foram convocados pelo vereador
Vicente Viscome (PPB) para trabalhar durante a noite, retirando
das ruas material de campanha do
governador reeleito Mário Covas
(PSDB).
Ferreira, que admitiu ser o coordenador de cerca de nove homens
da regional que participavam das
operações, também confirmou para a polícia o uso da máquina administrativa.
O trabalho incluía a colocação de
faixas e cartazes dos candidatos
pepebistas Reynaldo de Barros Filho (Assembléia Legislativa), Paulo Maluf (Governo do Estado) e
Oscar Schmidt (Senado) e Fausto
Miguel Martello (Câmara dos Deputados).
A rigor, os funcionários que colocavam as propagandas dos candidatos apoiados por Viscome
eram os mesmos que deveriam retirá-las durante o expediente diurno da regional. Mas, seguindo
orientação, esse material não era
tocado.
O vereador não foi encontrado
ontem na Câmara Municipal (por
onde não passou ontem, segundo
o seu gabinete), na sua casa e nem
por meio de seu telefone celular.
Segundo o advogado Arnaldo
Malheiros, especializado na legislação eleitoral, os funcionários
municipais poderiam trabalhar
normalmente para os candidatos
nas horas de folga. Mas estariam
cometendo crime eleitoral ao destruir propaganda política de candidatos. A pena é de seis meses de detenção ou multa.
O advogado Antônio Carlos
Mendes afirmou que o vereador
Vicente Viscome poderá responder por improbidade administrativa caso fique provada a sua participação no caso, com possibilidade
de perda de mandato.
Segundo o Ministério Público, a
denúncia de crime eleitoral será
passada para a promotoria eleitoral, que poderá abrir uma ação e
encaminhá-la para a Justiça Eleitoral.
(SC e GN)
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