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PR e RJ tiveram problemas recentes
DA REPORTAGEM LOCAL
Problemas epidemiológicos em
conseqüência de contaminação
da água para abastecimento são
raros, principalmente em cidades
servidas por grandes companhias
de saneamento. Mas eles existem.
Nos poucos casos registrados, a
principal contribuição de uma fiscalização maior por parte do poder público seria a rapidez na
identificação da irregularidade
-o que possibilitaria reduzir o
número de pessoas afetadas.
Entre 2001 e 2002, por exemplo,
os municípios de Antonina e Santa Isabel do Ivaí, no Paraná, tiveram surtos de diarréia e toxoplasmose, respectivamente, por causa
da contaminação da água distribuída pelas empresas municipais.
No caso de Santa Isabel, a "culpa" parece ter sido de gatos encontrados ao lado do reservatório
da cidade de cerca de 9.000 habitantes. A tese é que as fezes deles
levaram para a água os parasitas
que transmitem a toxoplasmose,
doença que, quando severa, pode
causar lesões no cérebro e nos
olhos e, no caso de fetos infectados, deficiências física e mental.
De novembro de 2001 a janeiro
de 2002, cerca de 600 pessoas procuraram a unidade de saúde da cidade com sintomas de toxoplasmose. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, foram
confirmados 327 casos, e as conseqüências não foram piores porque houve uma reação rápida.
O mesmo ocorreu em Antonina, onde um surto de diarréia
causada por um protozoário presente na água atingiu, em uma
única semana, mais de 600 dos
cerca de 21 mil moradores.
A Secretaria de Estado da Saúde
avaliou que a contaminação da
água ocorreu em razão de rompimentos na rede de distribuição,
mas viu o fato como um acidente.
Já no Rio de Janeiro, em fevereiro deste ano, moradores de Vargem Grande (zona oeste) ficaram
dias sem água encanada por causa
da contaminação do sistema local
de abastecimento por coliformes
fecais, carregados de ocupações
próximas ao reservatório pelas
chuvas que atingiram a cidade.
Não houve, porém, registro de
problemas de saúde por isso.
A Cedae (Companhia Estadual
de Águas e Esgotos) diz que havia
analisado a água do reservatório
uma semana antes e não constatara irregularidades.
(MV)
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