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Poços e falta de informação preocupam
DA REPORTAGEM LOCAL
Na avaliação do Idec, dois pontos da pesquisa sobre a fiscalização da qualidade da água sobressaem como destaques negativos: a
falta de informação à população
sobre o que ela consome e o quase
total descontrole em relação às
soluções alternativas, mais presentes nas regiões rurais e nas periferias das grandes cidades.
A desinformação impede a
conscientização do consumidor e
a sua conseqüente cobrança por
uma água melhor, diz Sezifredo
Paz, coordenador-executivo do
instituto. No caso das fontes alternativas, o risco é maior. Sem o seu
controle, as pessoas por elas servidas ficam mais vulneráveis a ingerir água contaminada, sobretudo
por esgoto doméstico.
Em relação à divulgação dos indicadores de qualidade, poder
público e empresas de saneamento dizem ainda não saber como
seguir a determinação de fazer isso ao menos uma vez por ano
com didatismo, sem causar "pânico" desnecessário e de forma
que os dados não sejam indevidamente usados para fins políticos.
A dúvida pode ser esclarecida
ainda neste semestre, diz Guilherme Franco Netto, da Secretaria de
Vigilância em Saúde, órgão do
Ministério da Saúde. Segundo ele,
representantes da pasta, das companhias e do próprio Idec vão estudar e definir as regras para informar o consumidor. Paz defende que isso seja feito por meio das
contas mensais.
Sobre as soluções alternativas,
as secretarias estaduais e municipais da Saúde ouvidas pela Folha
admitem que a fiscalização é um
dos principais desafios porque
faltam interação com os órgãos
que cuidam dos recursos hídricos
e informação até mesmo sobre a
existência dessas fontes.
Só na cidade de São Paulo estima-se que 60% dos poços sejam
clandestinos. Muitos são rasos e
captam águas superficiais e, por
isso, com maior risco de comprometimento, diz Helena Magozo,
da Coordenadoria de Vigilância
em Saúde do município.
(MV)
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