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Anvisa multou empresas aéreas 12 vezes no Rio; OMS diz que zelo em voos não barra vírus
DA SUCURSAL DO RIO
O escritório da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) no
Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim já multou 12
vezes companhias aéreas por
descumprirem os procedimentos definidos para evitar a entrada da gripe A (H1N1) no país.
De acordo com Marcelo Felga, coordenador de portos, aeroportos e fronteiras da Anvisa
no Rio de Janeiro, as multas se
referem, principalmente, à não
leitura das informações sobre a
doença dentro dos aviões.
Houve também, disse ele, falhas no procedimento de desinfecção das aeronaves e recolhimento do lixo dos aviões provenientes de países afetados.
Ele não detalhou quantos casos de cada irregularidades
ocorreram nem quais foram as
companhias aéreas que cometeram as infrações, bem como o
valor das multas aplicadas.
Segundo Felga, os comandantes de todos os voos -nacionais ou internacionais- devem ler as informações sobre a
doença para que passageiros
com os sintomas se apresentem voluntariamente.
Caso isso ocorra, o piloto deve comunicar a torre, que alerta
a Anvisa. O desembarque, nesses casos, deve ocorrer em área
aberta -sem que o avião se conecte ao finger (corredor que liga o terminal e o avião).
Em caso de identificação de
algum caso suspeito, os passageiros da fileira em que estava o
paciente e das duas anteriores e
duas posteriores são atendidos
no Centro de Triagem do aeroporto. Eles são orientados a
procurar atendimento médico
caso apresentem sintomas.
Caso a suspeita só seja detectada dias após o desembarque,
o Ministério da Saúde solicita
às empresas a Declaração de
Bagagem Acompanhada (DBA)
com os dados dos passageiros
próximos ao paciente para tentar localizá-los. Há ainda distribuição de folhetos na área de
desembarque internacional.
"A pessoa pode não ter sentido nenhum sintoma, mas, caso
venha a sentir, foi informada
das diversas maneiras", disse o
coordenador da Anvisa.
Paliativo
A vigilância em aeroportos
pode até adiar, mas não é capaz
de conter a propagação da
doença causada pelo vírus A
(H1N1). A avaliação é da Organização Mundial da Saúde.
A entidade crê que não é mais
possível conter o vírus e que
tais medidas causam mais
transtorno que resultados.
Desde o primeiro alerta sobre o vírus, a OMS não recomenda restrição a viagens, fechamento de fronteiras ou exame de passageiros. "O controle
é muito difícil. As pessoas no
início da doença podem não ter
sintomas", disse Sylvie Briand,
diretora do Programa Global de
Influenza (gripe) da OMS.
Colaborou MARCELO NINIO, de Genebra
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