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São Paulo, segunda-feira, 09 de junho de 2003

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MEMÓRIA DA DOR

Após a morte, casa ficou "vazia"

DA ENVIADA ESPECIAL

A casa que Jorge Torres Azevedo Ferreira comprou há um ano e meio dá os fundos para uma praça gramada, com bancos e árvores, lugar para piquenique. Quem entra na casa só ouve pássaros cantando, baixinho, lá no fundo.
Em todos os ambientes, o toque feminino. Enfeites na mesinha de centro. O altar no canto direito "diagramado". Flores nos vasos.
Na cozinha, sua mulher organizou os potes de vidro, com frutas e flores modeladas em Durepox. "Ela que fazia. Tinha a mão muito boa", diz o filho Regis Azevedo, 25.
No quintal, há um vaso remexido, com as pedras no chão. Rejane Lapolli Azevedo, 51, morreu antes de terminar de arrumar a planta no vaso, uma espada de São Jorge.
"Ela estava em lua-de-mel com a casa", conta o marido. A piscina ganhou mini vasos no paredão adjacente. Pretendiam derrubar uma parede da sala para dar visão ao jardim. "Um casão desse ficou vazio", afirma Jorge.
O silêncio só é quebrado pelo telefone, que não pára de tocar. O advogado, que hoje trabalha como representante comercial, virou referência para outras vítimas e famílias. Querem saber o que fazer.



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