São Paulo, sexta-feira, 09 de julho de 2010

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"A festa está marcada e a gente não pode casar", diz Viviane

CRISTINA MORENO DE CASTRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Viviane, 32, ficou um ano e oito meses casada. Quando constatou que "não deu certo" e decidiu se separar, teve que iniciar uma jornada que durou sete meses para abrir um processo de separação judicial, um ano para pedir o divórcio e seis meses no aguardo da decisão do juiz -que ainda não saiu.
Nesse intervalo, ela decidiu se casar com outra pessoa. "Estou numa situação desesperadora e não tenho o que fazer. A festa está marcada e a gente não pode casar."
Se a PEC do divórcio direto fosse vigente em 2008, ela já poderia estar casada há vários meses e não teria que arcar com o dobro do custo judicial -R$ 2.000 para o processo de separação e mais R$ 2.000 para o de divórcio.
Assim como Viviane, a farmacêutica Evenilde, 52, teria optado pelo divórcio há dois anos, quando decidiu se separar, o que seria "um alívio e uma libertação".
As duas acham que o tempo de separação não ajuda em uma possível conciliação. "E mais tarde nada impede as pessoas de se casarem novamente", diz Evenilde.


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