São Paulo, quarta-feira, 09 de agosto de 2006

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Granada poderia atingir até 15 metros

Artefato foi encontrado ontem de manhã por um funcionário da prefeitura em jardim ao lado do túnel Nove de Julho

Material foi detonado pelo esquadrão antibombas; polícia também explodiu preventivamente bolsa abandonada na Rebouças


RICARDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma granada de uso exclusivo das Forças Armadas, com poder de espalhar estilhaços em um raio de 15 metros, foi encontrada ontem num dos jardins ao lado do túnel Nove de Julho, um dos principais corredores de trânsito de São Paulo. O artefato foi detonado pelo esquadrão antibombas da Polícia Militar. Não houve feridos; ninguém foi preso.
Conhecida como "M-3", a granada estava no chão, encostada em uma palmeira, a poucos metros da saída do túnel, sentido bairro-centro. Foi encontrada por volta das 8h pelo funcionário público José Luís Aranda, 49, da Subprefeitura da Sé, que faria a manutenção de uma das fontes do túnel. Ao ver um objeto, Aranda chamou a polícia.
O artefato foi detonado por volta das 10h. No período, o trânsito chegou a ficar interrompido para que policiais do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), vestidos com roupas especiais anti-fragmentação, desativassem a granada.
O objeto foi colocado durante a madrugada, acredita a Subprefeitura da Sé. Isso porque, anteontem à noite, funcionários estiveram no local para iniciar a manutenção na fonte.
Embora estivesse sem o pino de segurança, a granada não explodiu. Duas são as possibilidades, afirmou à Folha um oficial da PM de modo reservado: 1) a granada não estourou porque falhou; 2) ela foi colocada propositalmente sem funcionar, com o propósito de alarmar a população, desafiar o Estado e mobilizar a polícia.
A primeira hipótese é menos provável porque, sem o pino, uma granada leva cerca de quatro segundos para explodir -o risco de o autor do atentado ser atingido, portanto, seria alto. A Secretaria da Segurança informou que o artefato será submetido a uma perícia.
Caso explodisse, o efeito da granada poderia ser destrutivo. O movimento de carros no momento em que o objeto foi encontrado é intenso, por conta do horário de pico. Procurada à tarde, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) não soube estimar quantos carros passam no local. Quase não há pedestres. Guardas civis metropolitanos dão expediente todos os dias em frente às fontes, reinauguradas em fevereiro, ainda na gestão do ex-prefeito José Serra (PSDB).

Paulista
Por volta das 22h, a polícia foi avisada sobre uma maleta metálica e uma sacola abandonadas na avenida Paulista, no cruzamento com a Bela Cintra. A CET interrompeu parcialmente o tráfego na região. Os objetos foram detonados à 0h25, mas a PM informou que não se tratava de uma bomba.
De manhã, no cruzamento da rua dos Pinheiros com a avenida Rebouças, uma bolsa, suspeita de conter uma bomba, foi detonada de forma preventiva pela polícia. A bolsa estava em um ponto de ônibus.


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