|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Granada poderia atingir até 15 metros
Artefato foi encontrado ontem de manhã por um funcionário da prefeitura em jardim ao lado do túnel Nove de Julho
Material foi detonado pelo
esquadrão antibombas;
polícia também explodiu
preventivamente bolsa
abandonada na Rebouças
RICARDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma granada de uso exclusivo das Forças Armadas, com
poder de espalhar estilhaços
em um raio de 15 metros, foi
encontrada ontem num dos
jardins ao lado do túnel Nove
de Julho, um dos principais
corredores de trânsito de São
Paulo. O artefato foi detonado
pelo esquadrão antibombas da
Polícia Militar. Não houve feridos; ninguém foi preso.
Conhecida como "M-3", a
granada estava no chão, encostada em uma palmeira, a poucos metros da saída do túnel,
sentido bairro-centro. Foi encontrada por volta das 8h pelo
funcionário público José Luís
Aranda, 49, da Subprefeitura
da Sé, que faria a manutenção
de uma das fontes do túnel. Ao
ver um objeto, Aranda chamou
a polícia.
O artefato foi detonado por
volta das 10h. No período, o
trânsito chegou a ficar interrompido para que policiais do
Gate (Grupo de Ações Táticas
Especiais), vestidos com roupas especiais anti-fragmentação, desativassem a granada.
O objeto foi colocado durante a madrugada, acredita a Subprefeitura da Sé. Isso porque,
anteontem à noite, funcionários estiveram no local para iniciar a manutenção na fonte.
Embora estivesse sem o pino
de segurança, a granada não explodiu. Duas são as possibilidades, afirmou à Folha um oficial
da PM de modo reservado: 1) a
granada não estourou porque
falhou; 2) ela foi colocada propositalmente sem funcionar,
com o propósito de alarmar a
população, desafiar o Estado e
mobilizar a polícia.
A primeira hipótese é menos
provável porque, sem o pino,
uma granada leva cerca de quatro segundos para explodir -o
risco de o autor do atentado ser
atingido, portanto, seria alto. A
Secretaria da Segurança informou que o artefato será submetido a uma perícia.
Caso explodisse, o efeito da
granada poderia ser destrutivo.
O movimento de carros no momento em que o objeto foi encontrado é intenso, por conta
do horário de pico. Procurada à
tarde, a CET (Companhia de
Engenharia de Tráfego) não
soube estimar quantos carros
passam no local. Quase não há
pedestres. Guardas civis metropolitanos dão expediente
todos os dias em frente às fontes, reinauguradas em fevereiro, ainda na gestão do ex-prefeito José Serra (PSDB).
Paulista
Por volta das 22h, a polícia foi
avisada sobre uma maleta metálica e uma sacola abandonadas na avenida Paulista, no cruzamento com a Bela Cintra. A
CET interrompeu parcialmente o tráfego na região. Os objetos foram detonados à 0h25,
mas a PM informou que não se
tratava de uma bomba.
De manhã, no cruzamento da
rua dos Pinheiros com a avenida Rebouças, uma bolsa, suspeita de conter uma bomba, foi
detonada de forma preventiva
pela polícia. A bolsa estava em
um ponto de ônibus.
Texto Anterior: Ataques do PCC são mais intensos no interior; granada é achada na capital Próximo Texto: Ônibus com estudantes é atacado em Ibiúna Índice
|