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Chuva e quebra de caminhões travam trânsito em São Paulo
Lentidão foi a maior desde o início das restrições a caminhões
Luciano Amarante/Folha Imagem
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Trânsito parado na marginal Tietê, em SP; a CET registrou 15,4 km de congestionamento na via pela manhã por causa da chuva
DA REPORTAGEM LOCAL
A pé, em ritmo moderado,
uma pessoa caminha a 4 km/h.
Era essa a velocidade com que
os ônibus cruzavam a avenida
Dr. Arnaldo, na zona oeste de
São Paulo, ontem por volta das
10h. Sob chuva intensa, o trânsito da cidade registrou a maior
lentidão desde o início das restrições aos caminhões no centro, há pouco mais de um mês.
Às 9h30, a cidade registrou
134 km de lentidão. Às 19h,
eram 211 km. Foram as maiores
marcas em horários de pico
desde 30 de junho.
Até as 19h, havia chovido 13,8
milímetros em toda a cidade.
Após o mês de julho mais seco
desde 1943, as chuvas dos oito
primeiros dias deste mês já foram suficientes para torná-lo o
agosto mais chuvoso dos últimos oito anos. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), já são 49,4 milímetros de chuvas, mais que os 37,3
milímetros previstos.
A lentidão do trânsito esteve
ainda bem acima da média em
todos horários, na comparação
tanto com a média desta semana, quanto com a da primeira
semana de agosto de 2007.
Desde anteontem, quando a
chuva contribuiu para que os
índices de lentidão superassem
os registrados em agosto de
2007, a CET (Companhia de
Engenharia de Tráfego) não divulgou gráficos comparando a
lentidão do dia com a do ano
passado, como vinha fazendo
desde o início do rodízio de caminhões nas marginais.
Na terça-feira, quando também choveu forte -mas os índices de lentidão foram 10%
menores que os da primeira
terça-feira de agosto passado-,
a CET divulgou o comparativo.
Ontem, a companhia atribuiu a lentidão à chuva e a quebras de caminhões -11 em toda
a cidade.
Três semáforos apagados
-dois na alameda Jauaperi, em
Moema (zona sul) e um na av.
Sumaré (zona oeste)- e pequenos acidentes ajudaram a complicar o trânsito. A reportagem
flagrou outros dois apagados
não citados pela CET, na avenida Rio Branco.
O ônibus tomado pela reportagem às 9h56, na av. Prof. Alfonso Bovero (zona oeste), levou 42 minutos para cruzar os
2,8 km que separam o local da
av. Paulista. O percurso costuma levar cerca de dez minutos.
Os principais congestionamentos ocorreram nas marginais Tietê (15,4 km pela manhã
e 15,3 km à tarde) e Pinheiros
(14,4 km pela manhã e 10,7 km
à tarde), na av. dos Bandeirantes (5,1 km pela manhã) e no
corredor norte-sul, do qual faz
parte a av. 23 de Maio (14,4 km
à tarde, nos dois sentidos).
Hoje, a chuva deve continuar. A temperatura não deve
passar dos 17C, com mínima
de 14C. Amanhã, as chuvas diminuem e faz de 14C a 21C. A
partir de segunda, volta a esquentar, diz o Inmet.
(RICARDO SANGIOVANNI E JULIANA COISSI)
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