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Militares não falam sobre a disputa na Ilha
DO ENVIADO A MANGARATIBA (RJ)
A Marinha não quis falar a
respeito das disputas pela
terra na Ilha da Marambaia
com os descendentes de escravos que vivem no local e
sobre as acusações de maus-tratos e humilhações formuladas por moradores.
As seis perguntas que foram enviadas por e-mail ao
Comando da Marinha ficaram sem resposta. O envio de
perguntas escritas foi a condição imposta pelo Centro de
Comunicação Social da Marinha para a possível abordagem do assunto.
Na resposta, que também
foi enviada por e-mail, o pronunciamento da Marinha limitou-se a uma frase: "... participo à Vossa Senhoria que o
assunto está sendo conduzido pela Casa Civil da Presidência da República". Assina
o texto o capitão-de-mar-e-guerra Paulo Maurício Farias Alves, diretor do Centro
de Comunicação Social.
A Casa Civil também não
se estendeu sobre a questão
da Ilha da Marambaia. A assessoria de imprensa do órgão da Presidência informou
somente que não existe qualquer decisão do governo federal sobre o assunto.
O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) divulgou uma
nota em que anuncia que a
primeira portaria foi "tornada sem efeito por ter sido publicada indevidamente".
"Ainda não estão concluídas as avaliações por parte do
governo federal que permitam a solução definitiva da
regularização do território
desta comunidade quilombola", diz a nota.
Ainda de acordo com o documento, há um "entendimento comum entre os diversos órgãos do governo envolvidos sobre a legitimidade
da regularização e titulação
deste território".
"No menor prazo possível
serão adotadas todas as medidas necessárias para o encaminhamento do tema",
conclui a nota.
(ST)
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