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CRIME NO BROOKLIN
Amigo da família diz que intenção era que Suzane, logo após concluir a faculdade, fosse a primeira a viajar
Vítima planejava mudança para a Alemanha
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
O aposentado Walter Nimir, 65,
ex-diretor da Dersa e amigo há 25
anos de Manfred von Richthofen,
disse que o engenheiro pretendia
levar a família para a Alemanha
nos próximos anos.
Segundo ele, Suzane seria a primeira a mudar para a Alemanha,
assim que terminasse a faculdade.
Mas, segundo Manfred teria dito ao amigo, a viagem nada teria a
ver com o namoro. "Ele estava assustado com a violência e queria
mudar para Berlim", disse Nimir.
O amigo teria dito ainda, disse
Nimir, que estava preocupado
com o namoro de Suzane, já que
Daniel não estudava.
Descrito como uma pessoa reservada, meticulosa e profissional, Manfred assumiu a diretoria
de Engenharia da Dersa em junho
deste ano. Funcionário da companhia desde 1998, pouco falava
sobre assuntos familiares.
"Ele era alemão, não era um sujeito expansivo, mas era muito inteligente", afirmou o presidente
da Dersa, Sérgio Gonçalves Pereira. Sobre o relacionamento com
os filhos, Pereira conta que toda
segunda-feira -quando vistoriava obras- Manfred levava os filhos à escola. "O relacionamento
entre eles parecia muito bom."
O próprio Pereira afirma que ficou chocado com o crime, mas
disse que, com o decorrer das investigações, passou a desconfiar
do envolvimento de Suzane.
Segundo ele, Suzane chegou ao
prédio da empresa anteontem,
por volta das 15h30, dizendo que
queria ir até a sala do pai para buscar documentos e objetos.
"Recebi um telefonema da portaria avisando que ela estava aqui
e disse que ela não poderia levar
nada. A polícia estava aqui desde
a hora do almoço e também não
autorizou", afirmou Pereira.
Nascido em Erbach, na Alemanha, Manfred era engenheiro civil, formado pela USP. Sua mulher, Marísia, era psiquiatra e tinha um consultório na rua República do Iraque.
Filho
O outro filho do casal, Andreas,
15, deverá ficar sob a guarda de
um parente de sua mãe Marísia.
Ontem, uma parente de Marísia, identificada apenas como Nilsa, esteve na igreja luterana da
Granja Julieta, que a família Richthofen frequentava, para discutir
com o pastor Hermann Willi o futuro do garoto.
O pastor negou saber com
quem Andreas ficará e também
disse que o desfecho do caso não o
surpreendeu, diante das informações que ele obteve junto a familiares desde o crime.
Com os filhos, o casal, segundo
o pastor, frequentava as atividades na igreja havia alguns anos.
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