DA REPORTAGEM LOCAL

A informação dada pela polícia de que Suzane von Richthofen confessou ter planejado o assassinato dos pais surpreendeu estudantes e professores da PUC em São Paulo. Suzane, que estudava na universidade no período da manhã, cursava o primeiro ano de direito.
Muitos estudantes chegaram a ir ao enterro do casal, na sexta-feira da semana passada, em solidariedade a Suzane e ao irmão, Andreas. A violência com que o casal foi assassinado era um dos assuntos mais comentados na faculdade na última semana.
Por volta das 8h30 de ontem, os estudantes ficaram sabendo -pelos noticiários veiculados nas TVs- sobre a confissão.
Poucos minutos depois, a maioria dos estudantes foi para o Centro Acadêmico 22 de Agosto, inclusive amigas de Suzane, que não quiseram falar sobre o assunto.
As aulas na sala 208 -onde Suzane estudava- foram suspensas. A reitoria da PUC proibiu funcionários, professores e até alunos de comentarem o caso ou darem qualquer informação sobre Suzane.
Também foi proibida a entrada de jornalistas no campus da faculdade sob a alegação de que Suzane ainda não foi julgada.
Na última quinta-feira, Suzane levou, pela primeira vez, o namorado à faculdade.
Uma pessoa que trabalha no centro acadêmico da faculdade -e que preferiu não ter o nome divulgado- afirma que os dois ficaram por alguns minutos na lanchonete, tomaram café e depois foram embora. Daniel ficou o tempo todo calado.
Na época do assassinato, os alunos do curso de direito da PUC estavam em provas.
Para que Suzane não fosse prejudicada, os professores da faculdade deram a ela a opção de realizar os exames posteriormente. Mesmo assim, de acordo com o relato dos estudantes, Suzane resolveu fazer as provas.


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