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EDUCAÇÃO
170 colégios estaduais terão período integral
FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou
ontem que parte dos alunos do
ensino fundamental das escolas
estaduais terão aula em período
integral. O governo pretende implementar o projeto em 170 dos
5.000 colégios da rede, atendendo
a 5% dos 3 milhões de estudantes.
O programa, chamado de Escola de Tempo Integral, começará a
funcionar no primeiro semestre
de 2006, ano que haverá eleições
presidenciais -Alckmin é cotado para ser o candidato tucano.
A Secretaria Estadual da Educação avalia que entre 140 e 170 escolas tenham condições de aderir
ao projeto já no primeiro semestre do ano que vem. "Queremos
que elas sejam pólos em suas regiões, onde os outros diretores
possam conhecer o programa",
disse o secretário da Educação,
Gabriel Chalita.
Hoje, os alunos da 1ª a 8ª série
têm 5 horas/aula por dia. No programa, passarão a ter 8 horas/dia.
Pela manhã, os alunos terão as
disciplinas regulares do currículo.
À tarde, serão feitas atividades como oficinas culturais, esportes, e
reforço em matemática e leitura.
Haverá almoço e dois lanches.
O presidente da Apeoesp (sindicato dos professores da rede estadual), Carlos Ramiro, apoiou a
iniciativa, mas reclamou do pequeno número de escolas atendidas. "Cento e setenta [colégios]
em 5.000 é muito pouco", disse.
Chalita pretende estender o
programa a todos os colégios da
rede estadual "em quatro anos".
Para a universalização do projeto, o governo terá de solucionar o
problema da superlotação nas escolas. A Folha informou em 21 de
agosto que 14,6% das classes de 1ª
a 4ª série e 6,8% das de 5ª a 8ª na
Grande São Paulo estavam acima
do número de alunos por turma
recomendado pela própria secretaria. A pasta disse ontem que os
percentuais diminuíram, mas que
não possuía os novos dados.
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