da Reportagem Local

O Procon de São Paulo tem conseguido recuperar o dinheiro dos saques indevidos argumentando à Justiça que o sistema eletrônico dos bancos é vulnerável e que o cliente-vítima não foi suficientemente preparado para lidar com o auto-atendimento.
""Os bancos não admitem que seus sistemas foram invadidos. Sustentam que a responsabilidade é do cliente", disse José Roberto Amaral, 33, técnico do Procon da área financeira.
As reclamações, que são as consultas transformadas em queixas, acabam no Juizado Especial de Pequenas Causas quando não há acordo. ""Antes, havia uma decisão dos bancos de não devolver o dinheiro, mas isso mudou."
Para ele, os casos tendem a aumentar à medida que os bancos expandem o sistema de auto-atendimento eletrônico.
Em geral, o dinheiro desaparece à noite e em caixas 24 horas.
A Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos) afirma que as falhas eletrônicas são insignificantes se comparadas com o montante de transações no ano: 12,7 bilhões em 98.
A entidade possui um grupo de trabalho para discutir medidas de segurança e descarta que hackers tenham conseguido entrar no sistema bancário brasileiro.
Há casos de desvio de dinheiro em que polícia e bancos investigam a possibilidade de a vítima estar aplicando um golpe. (AS)


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