DA REPORTAGEM LOCAL

Para tentar explicar o que aconteceu com os 50 laptops que sumiram do IC, o secretário da Segurança Pública, Ronaldo Augusto Bretas Marzagão, determinou que o diretor do instituto, José Domingos Moreira das Eiras, se pronunciasse. A seguir, trechos da entrevista:

 

FOLHA - O que tinha de importante nesses computadores?
JOSÉ DOMINGOS MOREIRA DAS EIRAS - Não tinha nada de importante.

FOLHA - A perícia já havia sido realizada neles?
EIRAS - Não havia, não.

FOLHA - E como o senhor pode determinar, sem ter feito a perícia, que os aparelhos não tinham nada importante?
EIRAS - Porque não tem. Falaram em tráfico de entorpecente, podia ter um monte de coisa aí. Mas para quem levou o notebook acho que não era importante, só isso.

FOLHA - E na investigação?
EIRAS - Ah, é tudo importante. Tudo o que vem para o IC tem um crime a ser apurado e é tudo importante, independente de ser um isqueiro ou um notebook.

FOLHA - O desaparecimento favorece quem era investigado e portava esses laptops quando a polícia os aprendeu?
EIRAS - Vamos lá: se você não tem uma prova técnica, como é que você vai concluir alguma coisa no laudo se você sumiu com a prova técnica?

FOLHA - Então favorece?
EIRAS - Não sei se favorece, porque não é só a prova técnica que compõe o inquérito policial, é uma das provas. (AC)


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