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Casa de acusado é apedrejada; família teme retaliação
ELVIRA LOBATO
ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO
A casa de Diego Nascimento
da Silva -que confessou ter
participado do roubo do carro
que resultou na morte de um
menino de 6 anos ao ser arrastado por 7 km- foi apedrejada
na madrugada de ontem.
Sua madrasta, Maria Simara,
disse que a moradia foi alvejada
por desconhecidos. A família
teme ser alvo de vingança, por
ter denunciado Diego, que
apontou outros participantes
do assalto que acabou na morte
de João Hélio Fernandes.
Segundo a madrasta, Diego
lhe disse que não viu que a
criança estava sendo arrastada,
por causa dos vidros fumê do
carro. ""Todo mundo sabe que
ele adora criança", disse.
O jovem morava com o pai, a
madrasta e dois irmãos em uma
das casas mais simples da rua
Borneo. Abandonado pela mãe,
foi criado pelo pai, Kerginaldo
Marinho da Silva. Segundo os
vizinhos, dormia de dia e saía à
noite. O pai reclamava que não
tinha controle sobre ele.
Kerginaldo já o havia denunciado à polícia pelo furto do
próprio carro. Na tentativa de
furto, Diego foi reconhecido
pelo dono do ferro velho ao tentar vender o veículo. Os vizinhos afirmam que ele roubava
carros havia mais de um ano.
Na noite do crime, após
abandonar o carro perto de sua
casa, em Cascadura, com os
restos do corpo da criança ainda presos ao veículo, Diego foi à
frente da boate Papa G, em Madureira, dizem amigos. Costumeiramente provocava homossexuais no local. Teria estado
também em um baile funk, onde foi informado de que o pai o
denunciara à polícia.
A caminho da boate, Diego
passou, tranqüilamente, por
um carro de polícia, segundo
Douglas Macedo Figueira, 19,
vizinho e seu amigo de infância.
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