São Paulo, sábado, 10 de fevereiro de 2007

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Casa de acusado é apedrejada; família teme retaliação

ELVIRA LOBATO
ITALO NOGUEIRA

DA SUCURSAL DO RIO A casa de Diego Nascimento da Silva -que confessou ter participado do roubo do carro que resultou na morte de um menino de 6 anos ao ser arrastado por 7 km- foi apedrejada na madrugada de ontem.
Sua madrasta, Maria Simara, disse que a moradia foi alvejada por desconhecidos. A família teme ser alvo de vingança, por ter denunciado Diego, que apontou outros participantes do assalto que acabou na morte de João Hélio Fernandes.
Segundo a madrasta, Diego lhe disse que não viu que a criança estava sendo arrastada, por causa dos vidros fumê do carro. ""Todo mundo sabe que ele adora criança", disse.
O jovem morava com o pai, a madrasta e dois irmãos em uma das casas mais simples da rua Borneo. Abandonado pela mãe, foi criado pelo pai, Kerginaldo Marinho da Silva. Segundo os vizinhos, dormia de dia e saía à noite. O pai reclamava que não tinha controle sobre ele.
Kerginaldo já o havia denunciado à polícia pelo furto do próprio carro. Na tentativa de furto, Diego foi reconhecido pelo dono do ferro velho ao tentar vender o veículo. Os vizinhos afirmam que ele roubava carros havia mais de um ano.
Na noite do crime, após abandonar o carro perto de sua casa, em Cascadura, com os restos do corpo da criança ainda presos ao veículo, Diego foi à frente da boate Papa G, em Madureira, dizem amigos. Costumeiramente provocava homossexuais no local. Teria estado também em um baile funk, onde foi informado de que o pai o denunciara à polícia.
A caminho da boate, Diego passou, tranqüilamente, por um carro de polícia, segundo Douglas Macedo Figueira, 19, vizinho e seu amigo de infância.


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