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MG prevê R$ 4,5 bi para segurança
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO
HORIZONTE
A Secretaria da Defesa
Social de Minas Gerais informou, em nota, na semana em que a Folha visitou
as unidades, que o Estado
lidera os investimentos
em segurança no país,
com 13,5% do Orçamento
estadual, o que, neste ano,
corresponderá a cerca de
R$ 4,5 bilhões.
No ano passado, foram
investidos R$ 200 milhões, de acordo com a nota, sem contar custeios fixos da pasta, como os da
folha de pagamento.
A Secretaria da Defesa
Social enumerou ainda
ações para melhorias no
sistema prisional realizadas nos cinco anos de gestão Aécio Neves (PSDB),
iniciada em 2003.
O governo disse que retirou, desde então, mais de
5.000 presos da tutela da
Polícia Civil. "Para viabilizar esta transferência, foi
criada a Guarda Penitenciária, que já conta com
cerca de 7.500 agentes.
Em 2003, havia 5.000 vagas no sistema da Defesa
Social, e hoje esse total é
de 22 mil vagas, entre unidades construídas ou
transferidas."
No dia 17 de janeiro, o
governo anunciou a abertura de licitação para
construção de um complexo penitenciário por
meio de PPP (Parceria Público-Privada).
Para cada um dos 3.000
presos que o complexo
abrigará, o Estado deve
pagar, no máximo, R$ 70
por dia para a empresa administradora.
Em relação à carceragem de Contagem, visitada pela reportagem, a secretaria confirmou sua
"ocupação acima da capacidade". Ponderou, contudo, que o local deve ser reformado neste ano, assim
como ocorrerá com outras
49 carceragens.
O secretário da Defesa
Social, Maurício Campos
Júnior, disse que os presos
da carceragem estão no local há, no máximo, três
meses.
Sobre a Cadeia Pública
de Ouro Preto, o governo
disse que o prédio passa
por reformas que estão orçadas em R$ 187 mil para
"sanar problemas de infra-estrutura".
Sobre as deficiências
constatadas pela reportagem, como falta de pessoal, a nota da secretaria
afirmou que "não há registro dos fatos relatados pelo repórter". A resposta
não citou a situação da Cadeia Pública do Palmital.
O secretário também
afirmou, em entrevista em
seu escritório, que os
"problemas [no setor]
existem". "Mas isso [solução] é um processo", disse
ele, para quem "não basta
vontade política" para
conseguir mudar problemas históricos.
"Se você viesse aqui antes de 2003, encontraria
19 carceragens como a de
Contagem."
Logo após a visita às carceragens, a Folha solicitou entrevista com o governador Aécio Neves para tratar da situação do
sistema prisional do Estado. Mas, segundo sua assessoria, ele não pôde
atender a reportagem por
problemas de agenda. O
pedido foi reforçado na
tarde da última sexta-feira. De novo Aécio não se
pronunciou.
(JCM)
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