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Em Salvador, usuário critica atendimento
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Três dias após a inauguração,
pelo menos 500 pessoas compareceram ontem às cinco unidades
do Farmácia Popular, em Salvador. Muitos, porém, reclamaram
do atendimento. "A burocracia é
muito grande. A gente precisa pegar uma senha. Depois, precisa
aguardar o atendimento, que é
muito lento", disse o aposentado
José Rodrigues da Costa, 68.
"O problema é a falta de comunicação. As pessoas pensam que
vão encontrar todos os medicamentos nos estabelecimentos, o
que não é verdade", disse Maria
Rita Lopes Pontes, superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce, local da unidade inaugurada
pelo presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, na segunda-feira.
A aposentada Maria Angélica
Passos de Jesus, 69, disse que não
teve "nenhuma dificuldade para
encontrar o medicamento" que
toma para hipertensão. Acostumada a desembolsar, em média,
R$ 4,40 pelo remédio (Captopril),
pagou ontem R$ 0,40. "A diferença é muito grande. Vou torcer para o programa continuar."
Proprietários e gerentes das lojas localizadas perto dessas unidades estão preocupados com a
concorrência. "Não podemos
competir com os subsídios do governo. Vamos torcer para que o
programa comercialize apenas os
medicamentos básicos", disse Eunice Santos, gerente de uma farmácia no centro de Salvador.
Na capital baiana, porém, os
usuários não enfrentaram problema de falta de medicamentos nos
postos conveniados do SUS. "Como faço todos os meses, cheguei
cedo e encontrei o meu remédio",
disse a empregada doméstica
Analice de Freitas, 45.
Segundo o SUS, todos os postos
de Salvador têm os remédios básicos mais usados pelos pacientes.
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