São Paulo, quinta-feira, 10 de junho de 2004

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Em Salvador, usuário critica atendimento

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Três dias após a inauguração, pelo menos 500 pessoas compareceram ontem às cinco unidades do Farmácia Popular, em Salvador. Muitos, porém, reclamaram do atendimento. "A burocracia é muito grande. A gente precisa pegar uma senha. Depois, precisa aguardar o atendimento, que é muito lento", disse o aposentado José Rodrigues da Costa, 68.
"O problema é a falta de comunicação. As pessoas pensam que vão encontrar todos os medicamentos nos estabelecimentos, o que não é verdade", disse Maria Rita Lopes Pontes, superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce, local da unidade inaugurada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na segunda-feira.
A aposentada Maria Angélica Passos de Jesus, 69, disse que não teve "nenhuma dificuldade para encontrar o medicamento" que toma para hipertensão. Acostumada a desembolsar, em média, R$ 4,40 pelo remédio (Captopril), pagou ontem R$ 0,40. "A diferença é muito grande. Vou torcer para o programa continuar."
Proprietários e gerentes das lojas localizadas perto dessas unidades estão preocupados com a concorrência. "Não podemos competir com os subsídios do governo. Vamos torcer para que o programa comercialize apenas os medicamentos básicos", disse Eunice Santos, gerente de uma farmácia no centro de Salvador.
Na capital baiana, porém, os usuários não enfrentaram problema de falta de medicamentos nos postos conveniados do SUS. "Como faço todos os meses, cheguei cedo e encontrei o meu remédio", disse a empregada doméstica Analice de Freitas, 45.
Segundo o SUS, todos os postos de Salvador têm os remédios básicos mais usados pelos pacientes.


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