DA REPORTAGEM LOCAL

A pedido da Ouvidoria Geral do Município, a Prefeitura de São Paulo afastou cinco funcionários suspeitos de envolvimento em irregularidades na fiscalização do serviço de varrição.
O Ministério Público investiga um esquema de adulteração dos chamados BIS (Boletins de Inspeção de Serviços de Limpeza) para sumir com supostas irregularidades praticadas pelas empresas. Segundo a denúncia, havia um acordo entre empreiteiras e engenheiros do Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana).
Pelo esquema, ruas de terra eram contabilizadas como varridas e havia comprovantes de varrição preenchidos com datas futuras -ou seja, antes mesmo de o serviço ter sido executado.
A suspensão determinada ontem atinge quatro engenheiros e um agente vistor. A lista deve sair no "Diário Oficial" do município hoje, mas a prefeitura não divulgou ontem os nomes dos afastados. Um engenheiro já havia sido afastado pelo próprio Limpurb, mas, sem os nomes, não há como saber se ele está entre esses quatro. A suspensão vale por 60 dias, prorrogáveis por mais 60.
Segundo o ouvidor Elci Pimenta, que pediu o afastamento, a medida vale "não apenas da função, mas também para seus cargos públicos". O promotor Silvio Marques, que conduz as apurações no Ministério Público, disse que "é um bom começo, mas [que] a prefeitura deveria mesmo é suspender os contratos".


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