|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
2 são condenados por crime da Mega-Sena
Réus pegaram 18 anos de prisão cada um pelo assassinato de ganhador de R$ 51,8 milhões na loteria; defesa já recorreu
Condenações complicam a situação da viúva, acusada de encomendar a morte do marido e que aguarda seu julgamento em liberdade
FÁBIO GRELLET
DA SUCURSAL DO RIO
Após três dias de julgamento,
dois réus foram condenados a
18 anos de prisão cada um, em
regime fechado, por matarem e
furtarem o ex-trabalhador rural René Senna, assassinado em
Rio Bonito (74 km do Rio) em 7
de janeiro de 2007, um ano e
meio após ele ganhar R$ 51,8
milhões na Mega-Sena.
Os condenados, os ex-seguranças Anderson Silva de Sousa
e Ednei Gonçalves Pereira, já
estavam presos. Seus advogados alegam que os dois são inocentes e já recorreram.
As condenações complicam a
situação da viúva de Senna, a
ex-cabeleireira Adriana Ferreira Almeida, acusada de ter encomendado a morte do marido.
Ela nega o crime e aguarda julgamento em liberdade.
Outras três pessoas são acusadas pelo crime: o cabo da PM
Marco Antônio Vicente, o sargento Ronaldo Amaral de Oliveira e a professora de educação física Janaína Silva de Oliveira, mulher de Sousa e amiga
de Adriana. O julgamento deles
ainda não tem data marcada.
Sousa e Pereira foram condenados a 15 anos de prisão por
homicídio triplamente qualificado -por motivo torpe, mediante promessa de recompensa e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima- e a
três anos por furto qualificado.
Segundo a denúncia, Senna
foi surpreendido e não teve
chance de fugir -ele não tinha
pernas, amputadas devido ao
diabetes. Após o crime, a dupla
escapou levando uma bolsa da
vítima com dinheiro e uma arma. A condenação foi decidida
pelo júri por 4 votos a 3. A pena
foi determinada pela juíza Roberta Santos Braga Costa.
Senna foi assassinado com
quatro tiros na porta de um bar.
Segundo a polícia, os disparos
foram efetuados por Sousa, que
fugiu na garupa da moto dirigida por Pereira. Os policiais Oliveira e Vicente estariam em um
carro apoiando a ação. Janaína
também teria ajudado.
De acordo com a polícia, o
crime foi motivado pelo interesse de Adriana em ficar com
metade da fortuna de Senna.
Quatro dias antes do crime, ele
descobriu que ela havia sacado
R$ 300 mil para comprar um
apartamento. Durante as investigações, policiais chegaram
a um motorista de van que admitiu ser amante de Adriana.
Texto Anterior: Turistas se frustram com "calor" em Campos do Jordão Próximo Texto: Beira-Mar terá bens leiloados pela Justiça de MG Índice
|