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Beira-Mar terá bens leiloados pela Justiça de MG
Advogados do traficante preso ainda podem recorrer
BRENO COSTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
A Justiça de Minas Gerais determinou o sequestro e leilão
de 14 imóveis e cinco veículos
do traficante Luiz Fernando da
Costa, o Fernandinho Beira-Mar. A decisão também inclui o
sequestro dos saldos de 23 contas correntes, poupanças e cartões de crédito.
Não há uma avaliação oficial
de quanto valem os bens sequestrados pela Justiça. Eles já
estavam indisponíveis, em caráter liminar, desde 1996. Segundo o juiz José Eustáquio
Lucas Pereira, da 3ª Vara de
Tóxicos de Belo Horizonte, o
patrimônio foi formado com
dinheiro do tráfico de drogas.
Entre os imóveis estão dois
apartamentos em Belo Horizonte (MG), um apartamento e
uma loja em Guarapari (ES),
uma casa em Curitiba (PR) e
uma outra loja em Vitória (ES).
Ainda cabe recurso à decisão.
A Folha não conseguiu localizar os advogados do traficante
ontem. O telefone registrado
na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Adalberto
Lustosa de Matos, que representa Beira-Mar nas ações em
curso na Justiça mineira, não
pertence mais a ele.
Após as possibilidades de recurso serem esgotadas, os valores depositados nas contas e o
dinheiro obtido nos leilões serão revertidos para o Fundo
Nacional Antidrogas, gerido
pela União, de acordo com a
determinação judicial.
Apenas duas contas correntes estavam no nome do traficante, em uma agência da Caixa Econômica Federal em Alfredo Chaves (55 km de Vitória-ES). O resto, assim como as
cadernetas de poupança, estava no nome de parentes, amigos ou laranjas. Em apenas
uma delas, a movimentação
chegou a R$ 671 mil entre outubro de 1995 e junho de 1996,
período da investigação.
O patrimônio de Beira-Mar
era superior aos bens sequestrados pela Justiça mineira.
Em 2008, a Justiça Federal no
Paraná determinou o confisco
de uma fazenda no Paraguai,
um avião, uma lancha, 13 veículos e cinco outros imóveis.
Ele cumpre pena por tráfico
de drogas e lavagem de dinheiro na Penitenciária Federal de
Campo Grande (MS).
Ano passado, Beira-Mar foi
condenado a 29 anos de prisão
pela 2ª Vara Federal de Curitiba por comandar uma quadrilha de tráfico de drogas e armas
e por lavagem de dinheiro, tudo
de dentro da cadeia. No mesmo
ano, ele foi condenado a seis
anos de prisão, por associação
ao tráfico de drogas, no Rio.
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