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PM apura se houve excesso
da Reportagem Local
O coronel Luiz Carlos de Oliveira Guimarães, corregedor
da Polícia Militar de São Paulo,
informou ontem à tarde que
está investigando as denúncias
com todo o rigor necessário.
Ele afirma que tomou conhecimento do caso na última terça-feira, após se reunir com
Benedito Domingos Mariano,
ouvidor da polícia.
"Apesar de as denúncias serem muito graves, nada foi
comprovado ainda. Mas estamos apurando se houve excesso ou não dos policiais com todo o rigor. É muito cedo para
dizer qualquer coisa. Vamos
aguardar primeiro a elaboração dos exames de corpo de delito", declarou Guimarães.
Parte das supostas vítimas de
espancamento e tortura foram
ouvidas ontem pela corregedoria. O teor dos depoimentos
não foi revelado. Ouvida ontem à tarde pela Folha, J.I.S.
afirmou que o grupo reconheceu dez policiais militares fotograficamente. A corregedoria
informou que alguns PMs foram reconhecidos por fotografias, mas não disse quantos.
Até o momento, nenhum policial foi preso administrativamente. Sempre que a PM tem
alguma coisa contra algum policial, ele fica recolhido por
quatro dias úteis para não atrapalhar as investigações.
O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Luís Antonio
Marrey, informou, por meio
de sua assessoria de imprensa,
que o Ministério Público vai
acompanhar atentamente as
investigações feitas pela corregedoria. Marrey disse ainda
que as informações que chegaram até o seu conhecimento
davam conta de que a operação
da PM em Pirituba transcorreu
com total legalidade.
Apesar de serem consideradas gravíssimas, a Folha apurou que o Ministério Público e
o comando da PM estão considerando as denúncias com
uma certa reserva.
Como para eles está praticamente fechado que o local era
um ponto de tráfico de drogas,
não está nem um pouco descartada a hipótese de as supostas vítimas estarem inventando
toda essa história.
Segundo informações do MP
e da PM, Cláudio Luiz da Silva
era foragido. Além disso, todas
as mulheres que se dizem vítimas de agressões viveriam em
função do tráfico.
(CA e RK)
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