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"Foi a 5ª invasão', diz morador
da Reportagem Local
O irmão do perueiro Cláudio
Luiz da Silva, o instalador de pára-raios L.E.S., diz que colocou vidros e arames farpados nos muros
da frente da casa para aumentar a
segurança das oito famílias que
moram ali.
Ele afirma, porém, que não tem
medo de ladrões. Segundo ele, assaltos a residências na região são
muito raros.
"Fiz isso para impedir que a polícia continuasse fazendo invasões
aqui. Mas não adiantou. Eles vêm
com escada e entram no quintal
pelas casas vizinhas."
De acordo com L., a polícia já invadiu o quintal cinco vezes desde
1993.
Ele atribui isso ao fato de Cláudio ter sido testemunha de uma
chacina há cinco anos.
Na chacina, cinco pessoas foram
baleadas e três morreram, entre
elas um outro irmão de Cláudio e
L., chamado Aureci.
"Os dois sobreviventes da chacina disseram que tinha um policial da Rota envolvido", afirma L.
Ele conta que passou a acompanhar as investigações da matança e
sofreu muitas represálias por isso.
"Eu tinha um bar, e os policiais da
Rota me obrigaram a fechá-lo. Fiquei um tempo desempregado e
agora arrumei um emprego como
instalador de pára-raios.
Segundo L., quando ele e as cinco mulheres que dizem ter sido
torturadas retornaram ontem por
volta da 1h da Corregedoria da
PM, perceberam que um carro da
Rota estava dando voltas no quarteirão da casa.
(RK)
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