|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Polícia obtém pista de mortes no parque
MARCELO GODOY
da Reportagem Local
Um telefonema feito por uma
das seis mulheres mortas na mata
do Parque do Estado (zona sul de
São Paulo) é a principal pista da
polícia para saber como o assassino conduz as vítimas àquele local.
No dia em que desapareceu, 10
de janeiro passado, a vendedora
Raquel Mota Rodrigues, 23, telefonou para a prima e disse ter encontrado um "rapaz muito legal"
que lhe havia feito o convite de posar para fotos que seriam usadas
em catálogos de cosméticos.
A prima tentou dissuadi-la, mas
Raquel acreditou na proposta e
disse que as fotos seriam feitas
num estúdio na divisa de Diadema
com São Paulo. O corpo da vendedora foi achado em 29 de janeiro.
O Parque do Estado fica na divisa entre as cidades de Diadema,
São Bernardo do Campo e São
Paulo. Os corpos das seis mulheres
foram achados no parque por
meio de uma trilha que começa no
Jardim Campanário, em Diadema.
"Existe a possibilidade de o assassino convencer suas vítimas a
acompanhá-lo até o parque", disse o delegado Luiz Eduardo Marturano, da equipe C-Sul do DHPP
(Departamento de Homicídios e
de Proteção à Pessoa).
A polícia está tentando traçar o
perfil das vítimas e do assassino.
As duas únicas vítimas identificadas - Raquel e a balconista Selma
Ferreira Queiroz, 18- têm semelhanças físicas. Jovens de cabelos
ondulados e morenos, elas tinham
cerca de 1,7 metro de altura.
"Ainda precisamos identificar
as outras vítimas para saber se o
assassino tem preferência por algum tipo de mulher", disse o investigador Luis Carlos Santos.
Para a polícia, a principal hipótese é de que o assassino seja um
maníaco sexual e de que os seis
crimes tenham ligação. Perto do
corpo de uma das mulheres, a polícia achou um óculos.
Varredura
Ontem uma tropa de 13 homens
do COE (Comando de Operações
Especiais) da PM foi ao local do
parque onde estavam os corpos. O
COE identificou na mata uma trilha principal e três secundárias.
Esse serviço poderá servir de
preparação para uma varredura
maior. "Quem matou as mulheres tinha preparo físico e conhecimento do terreno", disse o aspirante Hermes Ribeiro de Almeida.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|