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REFORMA UNIVERSITÁRIA
Entidade fecha sua proposta de reforma
UNE quer maior oferta de curso noturno em universidade pública
FERNANDA MENA
DA REPORTAGEM LOCAL
Reserva de vagas para estudantes das escolas públicas nas instituições federais de ensino superior por curso e por turno, ampliação da oferta de cursos noturnos nas universidades públicas e
regulamentação do aumento de
mensalidades no setor privado de
ensino superior. Esses são alguns
dos itens da proposta de reforma
universitária da UNE (União Nacional dos Estudantes) reunida
em documento que a entidade
apresentará hoje, em Brasília.
Amanhã é Dia do Estudante e a
UNE, juntamente com a Ubes
(União Brasileira dos Estudantes
Secundaristas), está planejando
uma manifestação em Brasília
que culminará com a entrega da
proposta de reforma da entidade
para o ministro da Educação, Tarso Genro. Será lançada também a
campanha Superávit Zero, contra
a política econômica do governo.
O MEC, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que
todas as propostas enviadas ao
ministério serão analisadas.
Para desenhar uma proposta
ampla de reforma universitária, a
UNE promoveu uma caravana
que, durante abril e maio deste
ano, percorreu 30 instituições de
ensino superior do país, em cerca
de 20 Estados, promovendo debates sobre a reforma.
No documento resultante, a
UNE apresenta críticas aos projetos de lei apresentados pelo MEC:
cotas nas federais e Prouni (Programa Universidade para Todos).
A UNE pede que a reserva de 50%
das vagas nas instituições federais
de ensino superior seja feita por
curso e por turno. Sobre o Prouni,
a entidade estudantil afirma ser
contra a isenção fiscal de instituições com fins lucrativos.
Entre as propostas, há também
eleições diretas e paritárias para a
reitoria das instituições de ensino
superior e aprovação de um plano
nacional de assistência estudantil
com rubrica específica, que vá
além da bolsa de auxílio e contemple o investimento em restaurantes, moradias estudantis, bibliotecas e transporte.
A entidade pede ainda a criação
de 60 mil vagas nos cursos noturnos e, em relação ao ensino superior privado, pede regulamentação do setor, edital para a abertura de novos cursos e a adoção de
uma nova lei de mensalidades que
vincule os reajustes a negociações
com representações estudantis da
instituição.
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