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São Paulo, segunda-feira, 10 de novembro de 2003

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Márcia, 42, teve o filho baleado

DA SUCURSAL DO RIO

Márcia de Oliveira Silva Jacinto, 42, ainda pensa ouvir a voz do filho Henri Gomes de Siqueira. "Mãe, cheguei!", avisava quando entrava em casa.
Em 21 de novembro do ano passado, Márcia não ouviu o aviso do filho, mas um tiro na rua. Diante do atraso do filho, então com 16 anos, pensou que tivesse saído com amigos.
O filho não voltou mais. Ela soube de um tiroteio numa ação da PM no morro do Gambá, no Lins (zona norte), onde mora. No IML (Instituto Médico Legal), reconheceu o corpo. "Meu filho levou um tiro no peito. Disseram que ele tinha um revólver e maconha, mas era inocente."
Com a morte de Henri, ela caiu em depressão, vive em busca de notícias do inquérito, e integrou-se ao movimento das Mães Solidárias. Foi encaminhada ao projeto clínico-grupal Tortura Nunca Mais, que atende pessoas atingidas pela violência.
Criado em 1992 pelo grupo Tortura Nunca Mais, do Rio, o projeto era inicialmente voltado para vítimas dos governos militares. Depois, passou a atender outros casos de violência. (FE)


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