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Grupos têm avós, mulheres e irmãs
DA SUCURSAL DO RIO
As mulheres são maioria nos
grupos que lutam contra a violência. São mães, mulheres, avós e irmãs lutando por seus homens
-mortos, desaparecidos, doentes, ou sem liberdade, como as
mães dos adolescentes infratores.
"Perder um filho é um sofrimento sem fim", disse a pedagoga
Carmen Gilson, 47, diretora da
Afav (Associação de Familiares e
Amigos de Vítimas de Violência).
O filho dela, o dependente químico Ricardo Augusto Iberê Gilson, morreu em abril de 1999. Foi
estrangulado depois de passar pelo Manicômio Judiciário Henrique Roxo e pelo Hospital Penitenciário Fábio Maciel, no Rio.
Na sexta-feira passada, o Ministério Público Estadual denunciou
três agentes penitenciários e uma
médica do hospital por crime de
tortura, pedindo a prisão preventiva deles.
Vera Lúcia Alves, 55, mãe de
João Paulo Avelar Alves de Oliveira, criou o Movimento pela Vida
depois que o filho, aos 16 anos, foi
assassinado em 1994.
Famílias de desaparecidos enfrentam também problemas legais. Sem corpo, não se pode falar
em crime nem em morte.
(FE)
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