São Paulo, sábado, 10 de novembro de 2007

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memória

Em 98, surgiu a denúncia da pílula da farinha

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em junho de 1998, a Vigilância Sanitária proibiu a comercialização da pílula anticoncepcional Microvlar, da empresa Schering, em todo o país.
Em vez de hormônios, as pílulas eram feitas de farinha, pois seriam usadas como teste de novas máquinas, mas foram extraviadas e comercializadas -cerca de 2 toneladas de pílulas sem efeito anticoncepcional foram produzidas de janeiro a abril daquele ano.
A Schering, de acordo com apuração na época, demorou cerca de um mês para divulgar à população a ineficácia das pílulas, apesar de saber do problema com as cartelas comercializadas.
Um grupo de 10 mulheres carentes, que engravidaram após consumirem as pílulas de farinha, recorreram ao Idec para pedirem indenizações ao laboratório.
Todas elas receberam indenização para cobertura das despesas iniciais com parto e assistência médica. Três delas recebem até hoje um auxílio equivalente a três salários mínimos. Outras duas recebem 2,5 salários mínimos e duas recebem um salário mínimo e plano de saúde para o filho.
Em setembro do mesmo ano, a empresa teve um outro lote das pílulas de mesma marca interditado. Desta vez, as cartelas continham dose hormonal adequada, mas, em vez das 21 recomendadas para o efeito anticoncepcional mensal, as cartelas continham apenas 20.


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