São Paulo, quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

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Servidores reivindicam plano de carreira

Para representante do funcionalismo, esse é o método ideal para que o trabalhador seja avaliado e evolua de função

Permissão para a contratação de funcionários terceirizados é apontada como uma das principais falhas do novo projeto

DA REPORTAGEM LOCAL

Os servidores não são contra a avaliação, mas não concordam que esse método seja o critério para a definição de prêmios ou bônus e seja adotado no lugar de um plano de carreira que permita que o profissional evolua na sua função.
A idéia é defendida pelo presidente do Conselho de Política de Administração e Remuneração de Pessoal do Funcionalismo, Carlos Ramiro de Castro.
Representante dos funcionários, ele diz que a categoria quer uma lei que determine planos de carreira e enviaram o pedido à Assembléia para discussão.
"Queremos que, por meio desse plano, o profissional possa evoluir, por meio do seu aperfeiçoamento, do seu trabalho, e ser avaliado com critérios transparentes", diz Castro.
Segundo ele, muitas categorias hoje não têm plano de carreira e não têm mobilidade. Para o representante do funcionalismo, esses planos de carreira poderiam ser estabelecidos segundo a área em que o profissional trabalha (como saúde, educação) ou pela função.
Castro diz considerar a possibilidade de o funcionário mudar seu patamar de salário, evoluindo entre as letras do cargo entre uma progressão. "Um plano de carreira é muito mais. Você tem diversas possibilidades de mobilidade, por progressões horizontais, verticais etc."
Uma das principais críticas feitas por ele ao novo projeto é em relação à permissão para a contratação de funcionários terceirizados. "Isso prejudica toda a integração do trabalho que é feito. O funcionário pertence a uma outra empresa. Além disso, o governo passa a tratar profissionais diferentes da mesma forma", afirma.
O ponto de vista contrasta com o do líder do governo na Assembléia, deputado Barros Munhoz (PSDB), para quem as terceirizações podem tornar alguns processos mais práticos.
"À medida que ele [o projeto] elimina algumas funções que não são típicas do Estado, ele prevê a terceirização, e o governo não esconde. Há funções que são mais bem executadas por terceirizados. Você não pode ter que demorar para contratar, substituir, demitir", diz.


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