São Paulo, sábado, 11 de fevereiro de 2006

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Educadores já iniciam debate sobre mudança

DA SUCURSAL DO RIO

Entre os especialistas a serem consultados pelo MEC no debate pedagógico, dois já foram procurados pelo ministro. São o consultor João Batista Araújo Oliveira, que elaborou um programa de alfabetização pelo método fônico utilizado por diversas prefeituras no Brasil, e a educadora Magda Soares, membro do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da Faculdade de Educação da UFMG.
Os dois discordam ao interpretar o movimento feito pelos países desenvolvidos. Para Soares, o que está acontecendo em nações como Estados Unidos, França e Inglaterra é uma tentativa de equilíbrio. Para Oliveira, é uma sinalização clara de que o método fônico é mais eficiente.
"Tivemos um movimento pendular em que passamos de uma etapa em que só se valorizava essa relação entre fonemas e grafemas para o extremo oposto, que menosprezava a aprendizagem desses códigos. O que esses países estão dizendo hoje é que não se pode desprezar o aprendizado desses códigos e que é preciso incluir esse componente no processo de alfabetização. Mas eles não afirmam que a alfabetização deva se resumir somente a isso", afirma a educadora.
Oliveira discorda: "Esses países não estão dizendo que a alfabetização se esgota no ensino da decodificação, mas que, para ensinar a decodificar, os professores devem usar o método fônico. Isso é um fato, e não uma opinião. Basta ler as diretrizes desses países na internet".


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