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Educadores já iniciam
debate sobre mudança
DA SUCURSAL DO RIO
Entre os especialistas a serem
consultados pelo MEC no debate
pedagógico, dois já foram procurados pelo ministro. São o consultor João Batista Araújo Oliveira,
que elaborou um programa de alfabetização pelo método fônico
utilizado por diversas prefeituras
no Brasil, e a educadora Magda
Soares, membro do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da
Faculdade de Educação da
UFMG.
Os dois discordam ao interpretar o movimento feito pelos países
desenvolvidos. Para Soares, o que
está acontecendo em nações como Estados Unidos, França e Inglaterra é uma tentativa de equilíbrio. Para Oliveira, é uma sinalização clara de que o método fônico é mais eficiente.
"Tivemos um movimento pendular em que passamos de uma
etapa em que só se valorizava essa
relação entre fonemas e grafemas
para o extremo oposto, que menosprezava a aprendizagem desses códigos. O que esses países estão dizendo hoje é que não se pode desprezar o aprendizado desses códigos e que é preciso incluir
esse componente no processo de
alfabetização. Mas eles não afirmam que a alfabetização deva se
resumir somente a isso", afirma a
educadora.
Oliveira discorda: "Esses países
não estão dizendo que a alfabetização se esgota no ensino da decodificação, mas que, para ensinar a decodificar, os professores
devem usar o método fônico. Isso
é um fato, e não uma opinião.
Basta ler as diretrizes desses países na internet".
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