São Paulo, domingo, 11 de abril de 2004

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Igreja condena uso do contraceptivo

DA REPORTAGEM LOCAL

Em pelo menos dois documentos oficiais, a Igreja Católica condena o uso da pílula do dia seguinte por considerá-la abortiva.
Em 2001, um relatório do Vaticano acusou os que prescrevem ou distribuem a pílula de "moralmente responsáveis" por um aborto. "Está claro que a pílula do dia seguinte nada mais é do que um aborto obtido através de meios químicos", diz um trecho do documento.
Há ainda um apelo aos gestores de políticas públicas de saúde para que se posicionem contra as "novas e disfarçadas formas de agressão à vida humana".
No mesmo ano, bispos católicos do Estado de São Paulo manifestaram a mesma posição em encontro em Indaiatuba (SP).
Para o professor Humberto Leal Vieira, membro vitalício da Pontifícia Academia para a Vida e presidente da Provida, uma organização católica que defende os direitos da família e os valores éticos e morais da vida humana, o contraceptivo de emergência é abortivo e a sua distribuição contraria a legislação em vigor no país. Segundo ele, países como a Argentina e o Chile tiveram a distribuição da pílula proibida por medida judicial.
"É fato científico que a vida tem início no momento da fertilização, da união do espermatozóide com o óvulo, que se dá nas trompas de Falópio, e qualquer interrupção da vida desde esse momento é um aborto", diz Vieira, também consultor do Pontifício Conselho para a Família, nomeado pelo papa João Paulo 2º. (CC)


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