São Paulo, domingo, 11 de abril de 2004

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URBANISMO

Área, no mezanino, facilitará o acesso de usuários e visa reduzir riscos, com a proibição de andar a pé na pista

Congonhas terá novo embarque em julho

DA REPORTAGEM LOCAL

Quando a reforma no aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo) ficar pronta, ninguém mais vai percorrer a pé a distância entre o avião e o saguão. Na primeira fase da obra, que começou em abril do ano passado e deve ser finalizada em julho, serão construídas oito pontes de embarque -estrutura que parece uma espécie de sanfona e liga diretamente o avião ao aeroporto, como existe em Cumbica. Até o final do ano, outras quatro pontes serão instaladas.
Parte de um projeto de modernização do aeroporto, as estruturas têm como objetivo evitar acidentes como o ocorrido em setembro de 2002, quando um ônibus atropelou três pessoas na pista do aeroporto, matando uma.
Além de diminuir a circulação na pista, a reforma mudará o embarque de passageiros, feito hoje em mais de uma ala do aeroporto, no térreo. O embarque passará a ocorrer em uma única e grande sala, em um mezanino. O tamanho vai mais que dobrar: passará de 2.950 m2 para 7.100 m2.
O desembarque também vai mudar. Dos atuais 1.300 m2 passará a 2.800 m2 até o final do ano, além de ganhar novas esteiras e elevadores. Na parte externa, a fachada do prédio será restaurada.
As mudanças formam a primeira parte da reforma e devem ficar prontas em julho. O custo, de R$ 42 milhões, será pago pela Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), que administra o aeroporto. Ainda não há uma estimativa de quanto será investido no total das obras.
A segunda fase, que começou em fevereiro deste ano e deve ficar pronta em 2006, inclui a ampliação do número de vagas do estacionamento de 1.200 para 3.400. No local, será erguido um edifício-garagem, com dois andares subterrâneos, um térreo e um mezanino. Dos 3.400 lugares, 2.550 ficarão na área coberta e 850 serão descobertos.
A Infraero explica que a reforma está sendo feita em duas fases para não interromper, em nenhum momento, o movimento no local. As obras são a resposta do aeroporto, que amanhã completa 68 anos, para o crescimento do número de vôos, linhas e passageiros registrado desde a década de 50- quando Congonhas passou por uma ampliação e ganhou as atuais edificações.
O aeroporto, que já foi uma das principais portas de ligação do Brasil com o exterior, recebe todos os dias cerca de 26 mil passageiros em 600 pousos e decolagens, segundo informações da própria Infraero.
"Ele tem esse ar futurista, aeroespacial, típico das décadas de 40 e 50, com formas ovaladas e circulares, em branco, preto e cinza. É muito charmoso, mas estava mesmo precisando de melhorias, de uma modernização", afirma a designer Júlia Goslow, 57, que costuma pegar a ponte aérea para o Rio de Janeiro quase todas as semanas, há cerca de 15 anos.
(PEDRO DIAS LEITE e SIMONE IWASSO)


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