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89% mantêm contato com ex-colegas de classe
DA REPORTAGEM LOCAL
No mínimo uma vez a cada 15
dias, é sagrado: Yara Gusmão,
Isabel Falleiros, Julia Musa,
Patrícia Moll, Luiza Proença e
Luisa Mascarenhas param o
que estiverem fazendo, desmarcam compromissos, dão
um espaço na agenda lotada de
suas vidas profissionais e se
reúnem. Afinal, o encontro
com as meninas do colégio não
pode esperar.
As seis, que têm idades entre
26 e 28 anos, se formaram juntas, em 2000, no ensino médio
do Gracinha, um dos colégios
participantes da pesquisa. Elas
fazem parte dos 89% de ex-alunos que disseram manter algum tipo de contato com os colegas de classe, apesar do rumo
que cada um deu para a vida.
Rumos bem diferentes, aliás.
Hoje, Yara é uma fotógrafa que
trabalha com produção de vídeo; a Paty é uma jornalista que
trabalha com gastronomia; a
Lu Pro (Luiza Proença) é uma
relações-públicas engajada
com o terceiro setor; a Lu Mas é
nutricionista; a Julinha é veterinária e a Bel é uma arquiteta
que faz ilustração.
Apesar de terem seguido caminhos bastante diversos, pontes e contatos profissionais já
foram feitos a partir desse grupo. A Lu Pro e a Paty, por exemplo, conseguiram fazer um projeto de aproveitamento de alimentos para a ONG onde a primeira trabalha.
Não é só entre elas que os
elos pessoais renderam frutos
profissionais no grupo das seis
amigas. O namorado de uma,
que é músico, já fez trabalhos
com o namorado de outra, que
é ator. Esse último já está começando um projeto com o namorado de uma terceira.
Tanta conexão não seria possível sem duas ferramentas
fundamentais: o celular (a
maioria sabe os números das
amigas de cor) e a internet (um
e-mail coletivo permite que
elas troquem não só opiniões
sobre o local do próximo chope,
mas também informações de
utilidade pública, músicas e
poemas).
"Antigamente, queríamos
que todas estivessem juntas, o
que acabava não dando certo",
conta Yara, que esteve presente
na última reunião do grupo, na
quarta-feira passada. Na ocasião, as amigas foram prestigiar
o show de uma banda formada
por meninos também ex-alunos do Gracinha que, como
elas, reforçam os números da
pesquisa.
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