São Paulo, domingo, 11 de abril de 2010

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89% mantêm contato com ex-colegas de classe

DA REPORTAGEM LOCAL

No mínimo uma vez a cada 15 dias, é sagrado: Yara Gusmão, Isabel Falleiros, Julia Musa, Patrícia Moll, Luiza Proença e Luisa Mascarenhas param o que estiverem fazendo, desmarcam compromissos, dão um espaço na agenda lotada de suas vidas profissionais e se reúnem. Afinal, o encontro com as meninas do colégio não pode esperar.
As seis, que têm idades entre 26 e 28 anos, se formaram juntas, em 2000, no ensino médio do Gracinha, um dos colégios participantes da pesquisa. Elas fazem parte dos 89% de ex-alunos que disseram manter algum tipo de contato com os colegas de classe, apesar do rumo que cada um deu para a vida.
Rumos bem diferentes, aliás. Hoje, Yara é uma fotógrafa que trabalha com produção de vídeo; a Paty é uma jornalista que trabalha com gastronomia; a Lu Pro (Luiza Proença) é uma relações-públicas engajada com o terceiro setor; a Lu Mas é nutricionista; a Julinha é veterinária e a Bel é uma arquiteta que faz ilustração.
Apesar de terem seguido caminhos bastante diversos, pontes e contatos profissionais já foram feitos a partir desse grupo. A Lu Pro e a Paty, por exemplo, conseguiram fazer um projeto de aproveitamento de alimentos para a ONG onde a primeira trabalha.
Não é só entre elas que os elos pessoais renderam frutos profissionais no grupo das seis amigas. O namorado de uma, que é músico, já fez trabalhos com o namorado de outra, que é ator. Esse último já está começando um projeto com o namorado de uma terceira.
Tanta conexão não seria possível sem duas ferramentas fundamentais: o celular (a maioria sabe os números das amigas de cor) e a internet (um e-mail coletivo permite que elas troquem não só opiniões sobre o local do próximo chope, mas também informações de utilidade pública, músicas e poemas).
"Antigamente, queríamos que todas estivessem juntas, o que acabava não dando certo", conta Yara, que esteve presente na última reunião do grupo, na quarta-feira passada. Na ocasião, as amigas foram prestigiar o show de uma banda formada por meninos também ex-alunos do Gracinha que, como elas, reforçam os números da pesquisa.


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