São Paulo, terça-feira, 11 de maio de 2004

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Paralisação não afeta serviço no HC de São Paulo

DA REPORTAGEM LOCAL

A greve no Hospital das Clínicas de São Paulo foi notada na radiologia, no laboratório de análise e na farmácia de remédios, segundo a associação que reúne servidores. Para a direção do HC, ninguém parou e ninguém deixou de ser atendido.
Na carta que a associação enviou aos usuários, seus diretores avisam que, caso o governo se negue a ouvi-los, vão "cruzar os braços por tempo indeterminado", disse Sonia Hipólita de Souza Sawazki, presidente da associação dos servidores.
Segundo a carta, assinada pelo fórum das entidades sindicais da saúde do Estado, os funcionários são obrigados a trabalhar até 12 horas para atender a até cinco pacientes ao mesmo tempo. "É o dobro do que preconiza a Organização Mundial da Saúde", diz Sawazki. "Além de falta de luvas descartáveis e de remédios na farmácia."
O HC diz que a falta de remédio é momentânea e que não faltam luvas. Alega que a jornada de trabalho é de 12 horas por 36 horas de folga.
O texto também diz que faltam 1.418 servidores e que um concurso teve o número reduzido pela metade e ainda não levou a contratações.
O hospital informou que as negociações com os servidores já são feitas semanalmente e que os concursos estão em andamento.
Uma avaliação política de servidores da área é a de que, neste momento, a greve no HC acaba beneficiando o hospital -que, com a redução dos pacientes, ganha tempo para recompor a farmácia- e os médicos -que, com pouco atendimento, aproveitam para pôr atividades em dia.
A assessoria do HC disse que os argumentos não têm procedência.


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