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Governo federal oferece linha de crédito
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RIBEIRÃO PRETO
Vinte e sete cidades brasileiras
são candidatas a dividir US$ 200
milhões (cerca de R$ 420 milhões)
até dezembro de 2004 para restaurar prédios e monumentos
históricos. A proposta é do Monumenta, projeto lançado em
1999 pelo Ministério da Cultura.
O governo federal garante 40%
da verba. A maior parte, 60%,
vem de empréstimos do BID
(Banco Interamericano de Desenvolvimento) e da Unesco (Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura).
Segundo o arquiteto Pedro Taddei Neto, coordenador nacional
do Monumenta, apesar do interesse das prefeituras, apenas 5%
do valor disponível foi utilizado
até agora. Isso porque a liberação
depende de convênios entre os
governos estaduais e municipais,
além da aprovação de estudos de
viabilidade econômica, financeira, social e ambiental.
Uma regra básica para se obter
os recursos é envolver os moradores da área a ser revitalizada, proporcionando condições de habitabilidade e geração de renda à
população. Há também a exigência da participação da iniciativa
privada no processo de revitalização urbana.
"Queremos evitar que o contribuinte pague para revitalizar uma
área e o empresário se aproprie
do resultado, como acontece geralmente", diz Neto.
Exemplo
A cidade de Recife é citada pelo
coordenador nacional do Monumenta como um bom exemplo de
parceria que deu certo.
"Para cada real investido pelo
poder público, o setor privado
aplicou R$ 3", afirma Neto.
O Monumenta já investiu R$ 6
milhões na cidade.
A capital pernambucana integra
o grupo das sete primeiras cidades selecionadas pelo projeto,
obedecendo critérios de quantidade de monumentos históricos
reconhecidos, mérito cultural, representatividade dentro do país e
situação de risco.
Também foram escolhidas as
capitais São Paulo, Salvador, Rio e
São Luís, mais as históricas Ouro
Preto (MG) e Olinda (PE) no primeiro grupo. São Luís, Salvador e
São Paulo ainda estão na fase de
apresentação de projetos para a
obtenção dos recursos.
(ES)
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