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Para Alckmin,
transferência
não traz ameaça
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem não
temer que a transferência para
São Paulo de 13 presos, três deles ligados ao PCC (Primeiro
Comando da Capital), venha
fortalecer a entidade criminosa
no Estado.
O pedido de transferência
partiu do governo do Paraná
como uma forma de pôr fim à
rebelião na Penitenciária Central do Estado, em Piraquara,
iniciada na quarta-feira. No total, 23 detentos serão removidos para outros Estados.
"A permanência desses presos aqui em São Paulo será provisória, porque eles deverão ir
para Brasília", afirmou o governador. "O combate ao crime organizado em São Paulo é
permanente", disse.
Alckmin afirmou que o governo paulista "não negocia e
não atende exigências do crime
organizado". De acordo com o
governador, "não há a menor
hipótese de alguém fazer rebelião em São Paulo e o governo
fazer transferência".
Porém, ele lembrou que o Estado também já pediu ao Rio
Grande do Sul que aceitasse a
transferência de dois detentos
daquele Estado. "Os governos
estaduais precisam se ajudar".
O governador chegou a criticar, indiretamente, o governo
do Paraná. "Nós não interferimos no Paraná. É uma decisão
deles, a quem cabe saber como
resolver seus problemas de rebelião. Aqui não tem esta história de transferência", disse.
O secretário da Segurança
Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi, concordou com o governador. "Eles estarão presos e
não vão articular nada."
"Se precisar, a gente recebe
outros e manda alguns nossos
para outros Estados. Não podemos ter medo de agir", disse.
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