São Paulo, segunda-feira, 11 de junho de 2001

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Para Alckmin, transferência não traz ameaça

DA REPORTAGEM LOCAL

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem não temer que a transferência para São Paulo de 13 presos, três deles ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), venha fortalecer a entidade criminosa no Estado.
O pedido de transferência partiu do governo do Paraná como uma forma de pôr fim à rebelião na Penitenciária Central do Estado, em Piraquara, iniciada na quarta-feira. No total, 23 detentos serão removidos para outros Estados.
"A permanência desses presos aqui em São Paulo será provisória, porque eles deverão ir para Brasília", afirmou o governador. "O combate ao crime organizado em São Paulo é permanente", disse.
Alckmin afirmou que o governo paulista "não negocia e não atende exigências do crime organizado". De acordo com o governador, "não há a menor hipótese de alguém fazer rebelião em São Paulo e o governo fazer transferência".
Porém, ele lembrou que o Estado também já pediu ao Rio Grande do Sul que aceitasse a transferência de dois detentos daquele Estado. "Os governos estaduais precisam se ajudar".
O governador chegou a criticar, indiretamente, o governo do Paraná. "Nós não interferimos no Paraná. É uma decisão deles, a quem cabe saber como resolver seus problemas de rebelião. Aqui não tem esta história de transferência", disse.
O secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi, concordou com o governador. "Eles estarão presos e não vão articular nada."
"Se precisar, a gente recebe outros e manda alguns nossos para outros Estados. Não podemos ter medo de agir", disse.



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